segunda-feira, 1 de julho de 2013

Charlaine Harris - Dívida de Sangue [Opinião]


Sinopse: Sookie Stackhouse está numa maré de azar: primeiro o seu colega de trabalho é morto e ninguém se parece preocupar; depois, é atacada por uma criatura que a infecta com um veneno doloroso e mortal. Tudo se complica quando Bill nada consegue fazer e pede a ajuda de Eric para lhe salvar a vida. A questão é que agora ela está em dívida para com Eric - um vampiro deslumbrante mas tão belo quanto perigoso. E quando ele lhe pede um favor em troca, ela tem que aceder.
De repente, Sookie está em Dallas a usar os seus poderes telepáticos para encontrar um vampiro. A sua condição é que os humanos não devem ser magoados. Mas a promessa de os vampiros se manterem na ordem é mais fácil de dizer do que de cumprir. Basta uma bela rapariga e um pequeno deslize para que tudo comece a correr mal…
Entretanto, também Eric tem os seus próprios segredos...

Opinião: Estreou dia 16 de Junho, nos Estados Unidos, a sexta temporada da série Sangue Fresco. Visto que sou fã da adaptação televisiva, rapidamente se instalou a curiosidade em ler os livros que deram origem. Ainda este ano li o primeiro, Sangue Fresco e como gostei, não hesitei em ler este Dívida de Sangue, o segundo livro da saga protagonizada por Sookie Stackhouse.

Ao contrário do que eu pensava, o livro mantém algumas linhas gerais do que foi a segunda temporada da série. Volto a salientar, apenas algumas linhas gerais, uma vez que o dito colega de trabalho morto, é nada mais nada menos que Lafayette. Teve uma participação limitada no primeiro livro e vê assim marcado o seu final nestes porque indiscutivelmente o negro homossexual é uma das personagens mais carismáticas da série.
Inicialmente é tudo que sabemos e durante a maior parte do livro, a trama afasta-se da resolução do crime para enfatizar o culto religioso de extrema direita de Steve Newlin na Sociedade do Sol e cujos contornos são algo semelhantes ao da série.

Por ter gostado de Sangue Fresco, estava com algumas expectativas no segundo volume da série. No entanto, confesso que não apreciei tanto como gostaria. Esta minha "desilusão" prende-se talvez por gostar demasiado da série e projectar estes sentimentos para os livros.
Até porque reconheço que ao comparar Dívida de Sangue a Sangue Fresco, este segundo volume é mais intenso e conta com mais acção: a Sookie mete-se em mais alhadas e como tal, são muitas as provações perigosas a que se submete mas mais uma vez, a telepata mostra estar conivente com os vampiros.

A autora tenta desmistificar um rol de criaturas sobrenaturais e o que inicialmente era uma sociedade de vampiros que coexistem com humanos, transforma-se numa salganhada de metamorfos, lobisomens, fadas... you name it! Por haver tanta coisa diferente, o leitor acaba por estar mais confuso com o papel de cada uma destas criaturas, aguçando para o volume seguinte, na expectativa de ver satisfeita esta curiosidade para com as personagens do fantástico. Além disso, adoro a relação envolvente da Sookie com o vampiro Bill e que devo dizer que está bastante apimentada. Ainda que pouco explícitas, as cenas de sexo existem em maior número que no livro anterior e o leitor tem direito ainda a uma orgia no final.

Através da narrativa sobre a perspectiva de Sookie, o leitor continua a ter acesso aos pensamentos íntimos da criada de mesa do Merlotte´s. Alguns diálogos ou pensamentos estão dotados de humor, tornando esta leitura bastante ligeira e até algo engraçada. O livro tem cerca de 230 páginas, na minha opinião poucas, o que influencia a rápida leitura do mesmo.

Dívida de Sangue é sem dúvida um livro descontraído apesar do suspense que promete, suscitado em prol da morte de Lafayette. Contudo, o mistério não é o alvo pois claramente a saga pertence a um género fantástico.
Apesar de ter sido uma leitura que não me tenha enchido as medidas por completo, tenho na estante até ao volume 6 da série e como tal, ainda irei ler mais uns quantos da série com esperanças que a saga em formato literário me cative mais do que a adaptação televisiva.


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