quarta-feira, 26 de março de 2014

Ken Follett - O Escândalo Modigliani [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: O Escândalo Modigliani é um dos primeiros policiais escritos por Ken Follett e que data do ano 1976 baseando-se no mundo artístico. Confesso que, ainda que não seja grande entusiasta do tema, O Escândalo Modigliani foi um livro que me despertou grande atenção devido a ter sido escrito por um dos autores que mais admiro.

Como o próprio nome indica, a história baseia-se numa peça de Modigliani e que move uma série de personalidades e interesses, desencadeando uma procura a uma dita peça do artista. Tudo começa com Dee Sleign, uma jovem historiadora, que ambiciona escrever a sua tese de mestrado sobre uma obra de Modigliani que estará eventualmente perdida. Desde já atento como na altura (consta que o consumo de drogas nos anos 70 era banal), a haxixe e a arte estavam, de alguma forma, conectadas.
E sem querer adiantar mais sobre a história, já se sabe como é o poder da transmissão da informação, acrescentando à ambição desmesurada conduzindo a uma caça ao quadro desaparecido por algumas cidades europeias.

É portanto uma trama baseada nas maquinações das personagens para obter o quadro perdido. E em relação às personagens, penso que estas estão francamente convincentes. É um dos aspectos que adoro nas novelas do autor: a formulação das personagens e penso que Follett soube reunir características muito interessantes para as mesmas.
É inevitável que o autor, através destas, explore dois mundos diferentes dentro da arte moderna: o dos artistas e o dos galeristas com motivações antagónicas: se por um lado os artistas querem um reconhecimento da sua arte, os galeristas procuram lucrar com a mesma.

A obra está dividida em quatro partes e atentemos nos títulos: Preparar a Tela, A Paisagem, Figuras em Primeiro Plano e O Verniz.  Como se, curiosamente, a leitura deste livro fosse equiparável ao processo de pintura de uma obra. Dadas as inúmeras referências à arte, talvez o seja.

O Escândalo Modigliani é um livro que se lê muitíssimo bem: a trama tem um ritmo célere e o livro tem um reduzido número de páginas. Depois, o autor sabe magistralmente recriar cenários de corrupção e intriga. E isso é notório em todas as suas obras!
Em particular este livro tem de facto uma história cativante, contudo, e na minha opinião, ficou um pouco aquém de outros que já li do autor. Provavelmente por não me interessar o suficiente pelo mundo da arte ou por achar que, comparativamente a outros livros do autor, o presente não tem uma trama intrincada e complexa a que Follett me habituou.
Não deixa, no entanto, de ser um livro interessante para ser lido pelos fãs e atentar na evolução do autor.

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