segunda-feira, 30 de junho de 2014

A Estante está mais cheia [Junho]



Mês de feira do livro. Claro que ia dar asneira... Entre algumas compras e ofertas, este foi o rescaldo do mês.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Saskia Sarginson - As Gémeas [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: As Gémeas é o livro de estreia da autora Saskia Sarginson. Uma obra que não me cativou por completo, confesso, no entanto manteve-me na expectativa até ao final.
A impressão inicial, ao visualizar a capa, é que esta poderia corresponder a um romance. Aliás, perguntaram-me justamente no GoodReads se eu tinha enveredado por um livro desse género, ao qual enviei o link da editora, onde As Gémeas se encontra catalogado como um policial/thriller. No entanto, numa breve pesquisa no GoodReads, denotei que esta capa é usada noutros países, pelo que, se a capa induz a erro, não é responsabilidade da editora.

Normalmente aprecio a estrutura da narrativa em flashbacks, todavia, a forma como Sarginson o faz acaba por ser um pouco confusa. Não há indicações temporais imediatas sobre as analepses e o leitor não tem como, à primeira vista, distinguir as acções passadas das temporais. Faz-me crer que se tratam de recordações cronologicamente aleatórias e muitas delas, actos corriqueiros de crianças e em que nada contribuem para a história. Portanto, o ritmo é algo moroso ainda que o livro contenha um reduzido número de páginas. 
Ainda assim, percebe-se que a trama antecipa algo de muito grave que originou a separação das irmãs e tornou duas crianças tão puras em adultas complexas. E consoante este ponto de vista, creio que não senti grande empatia com as gémeas, a não ser quando estas eram crianças.

Um dos grandes mistérios é curiosamente a razão do afastamento de Viola e Isolte sendo que a relação entre irmãos gémeos consta ser de grande intimidade.
Não deixo, no entanto, de congratular a autora pelas descrições tão realistas das atitudes e carácteres das protagonistas. O leitor é privilegiado em conhecer a infância das personagens e depara-se com aspectos usuais de uma família disfuncional, bem como o cenário: o ambiente hippie dos anos 70, onde os valores morais diferem dos actuais, assentando muito em relações promiscuas.

Uma das problemáticas explanadas na história é o distúrbio alimentar. Quase que é palpável o sofrimento daqueles que deixam de comer a fim de emagrecer. A personagem que padece de anorexia é Viola, uma das gémeas, e em torno deste distúrbio alimentar, há mazelas psicológicas e até sociais que a autora tem em conta e que contribuem para o estado actual da personagem. O leitor é quase como incumbido a sentir pena da personagem, de forma espontânea. Exceptuando esta percepção, não me consegui ligar às duas irmãs, que passam por inúmeras provações ao longo da história. Portanto este livro encontra-se num registo dramático, secundarizando a componente thriller.

O clímax deixa em aberto uma das questões que se constituiu um mistério. Por norma, quando isto acontece, gosto de idealizar as potenciais resoluções. A autora fá-lo com intenção e a edição portuguesa apresenta um aspecto muito curioso: através da inclusão de uma entrevista no final do livro é-nos desmistificado o porquê desta opção.

Em suma, gostei do livro embora esperasse algo diferente, de natureza mais aterradora, talvez. Mas sim, é um livro extremamente intenso pela natureza dos acontecimentos, debruçando-se sobre relações humanas e envolvendo problemáticas do foro psicológico. Creio que esta é uma boa história mas pessoalmente não a teria escrito desta forma, dispondo de analepses tão ambíguas e temporalmente algo indefinidas. Em suma, ainda que não me tenha cativado por completo, reconheço que foi uma boa leitura de entretenimento.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Alberto Marini - Enquanto Dormes [Divulgação Editorial Planeta]


Data de publicação: 2 Julho 2014

               Titulo Original: Mientras Duermes
               Preço com IVA: 17,76€
               Páginas: 304
               ISBN: 9789896574994

Ao contrário do que costuma acontecer, o filme Enquanto Dormes deu origem a este livro, que explora os problemas da sociedade de hoje, onde nem tudo é o que parece e onde pessoas com graves problemas mentais andam à solta e conseguem enganar os que o rodeiam.
Enquanto dorme, muitas são as coisas desagradáveis que acontecem no mundo. O que não espera é que lhe aconteçam a si. 
A sua casa, o seu apartamento ou o seu quarto são locais onde se sente seguro, onde baixa a guarda, porque o perigo está do outro lado da porta. Ou, pelo menos, assim devia ser. 
Enquanto dorme, Cillian está junto de si. É o porteiro do seu prédio, e não é boa pessoa. 
Enquanto dorme, Cillian detém as chaves de todos os apartamentos, possuindo uma boa razão para estar perto de si.

Sinopse: Cillian, porteiro de um edifício de Nova Iorque, sente prazer em prejudicar as pessoas que o rodeiam. Ele conhece a fundo todos os inquilinos do prédio. Controla as suas idas e vindas, estuda-os, descobre os seus pontos fracos, os seus segredos. 
Clara, a condómina do 5.o B, é a sua próxima vítima, e ele não parará enquanto não conseguir destruir-lhe a vida. 
Todas as manhãs, Cillian faz um jogo consigo próprio a que chama «roleta russa»: coloca a sua vida no abismo, procurando um motivo para viver mais um dia. Incapaz de ser feliz, o seu único conforto é impedir que os outros o sejam. 
Clara é a sua antítese: uma mulher feliz, em paz, que reage com um sorriso a tudo o que a vida lhe oferece. A sua indestrutível vitalidade transtorna Cillian, que levará o seu jogo ao extremo. Um jogo que se revelará mais complexo do que alguma vez podia imaginar.

Sobre o autor: Alberto Marini, nasceu em Turim, em 1972, tem uma licenciatura em Direito e uma pós-graduação em Administração de Projectos Audiovisuais. Reside em Barcelona desde 1999, com a mulher e as duas filhas. Na cidade condal, desempenhou o cargo de director de projectos na produtora audiovisual Filmax e, depois, o de produtor executivo, no mesmo grupo empresarial, em produções como o filme de terror [REC], de Jaume Balagueró e Paco Plaza, ou The Way, de Emílio Estévez. 
Em 2010, fundou a produtora Rebelión Terrestre Filmes. Alberto Marini foi consultor de guião para os filmes El Lobo, de Miguel Courtois, Fragile, de Jaume Balagueró, e La caja Kovak, de Daniel Monzón, entre outros. É co-autor das curtas-metragens Romasanta, realizada por Placa Plaza, e Para entrar a vivir, de Jaume Balagueró, bem como autor e produtor executivo da adaptação cinematográfica de Enquanto Dormes, do mesmo realizador. 
Enquanto Dormes é o seu primeiro romance.



Carina Bergfeldt - Quando o Ódio Matar [Divulgação Editorial Planeta]


Data de publicação: 2 Julho 2014

               Titulo Original: Fadersmord
               Preço com IVA: 18,85€
               Páginas: 384
               ISBN: 9789896575199

Uma delas planeia matar o pai, sem que nunca saiba qual é. 
Um thriller diferente de tudo o que já leu.
Um homicídio é investigado por três mulheres. 
Não conseguirá parar de ler até descobrir de qual das três se trata!

O leitor vai querer resolver o enigma do assassínio, mas também vai querer saber qual das três mulheres - Júlia, Ing-Marie ou Anna - planeia matar o pai. 
Terá a sensação de estar a cooperar com as investigações, percebendo pistas escondidas e tirando conclusões com a protagonista. 
Um thriller negro e psicológico, que marca a estreia literária de Carina Bergfeldt, a jornalista sueca que foi a única repórter que passou a noite com as vítimas da matança na Noruega, onde morreram 76 pessoas, em 2011. Uma experiência que mudou totalmente a sua visão como jornalista e a sua forma de enfrentar o mundo «que é tão terrível como o policial mais negro.»
A violência doméstica e o abuso de menores são expostos neste livro, que retrata com realismo, o que uma vítima de maus-tratos pode acabar por fazer para ter paz de espírito. 
Um livro, que segundo a autora, desperta as consciências para este problema social à escala mundial. Na Suécia, a cada 40 minutos uma mulher denuncia maus-tratos em casa e uma em cada quatro sofre-os. 

Como fazer justiça poética com os males do mundo e ser bem-
sucedido é a ideia-base deste thriller. Uma ideia inspiradora que surgiu da série televisiva Dexter, cujo protagonista cometia crimes-perfeitos e saía sempre impune. 
Em Quando o Ódio Matar, a protagonista olha para trás e relembra todos os anos em que planeia matar o seu pai. Ao contrário de Dexter, é uma pessoa sofrida que deseja fazer do mundo um lugar melhor. 

Sinopse: Com grande minúcia, uma mulher planeia a morte da pessoa que converteu a sua vida num inferno, o pai. O macabro plano toma forma num bloco-notas em que a capa tem umas apetitosas madalenas. Uma nota no frigorífico com as palavras: «Matar o papá» recorda-lhe qual o motor que impulsiona a sua vida. 
Enquanto o plano parricida avança, é encontrado o cadáver de uma mulher num lago da cidade de Skövde. A inspectora Anna Eiler trabalha no caso, mas não é a única: duas jornalistas locais, Ing-Marie Andersson e Julia Almliden, realizam a sua própria investigação. 
As três têm razões pessoais para resolver o assassínio, as três escondem algo, mas só uma delas é capaz de preparar a sangue-frio um crime mais atroz do que aquele que pretende resolver. 

Sobre a autora: Nasceu em 1980 e cresceu em Götene, uma aldeia no centro da Suécia. É a jornalista-estrela do principal jornal sueco Aftonbladet. Foi galardoada com o Swedish Grand Journalism Prize 2012, por ser a única jornalista que se infiltrou entre as vítimas da matança da Noruega, com quem passou a primeira noite, e com o Premio Årets Stilist pela qualidade estilística do seu trabalho jornalístico.

Imprensa
«Um romance importante... leia este thriller psicológico e recorde que o que conta é real.»
Amelia’s Magazine


terça-feira, 24 de junho de 2014

Samantha Hayes - Até Que Sejas Minha [Divulgação Editorial TopSeller]


Data de publicação: 19 Junho 2014

               Titulo Original: Until You´re Mine
               Preço com IVA: 19,99€
               Páginas: 352
               ISBN: 9789898626479


Até que Sejas Minha é um thriller psicológico que promete conquistar os leitores portugueses.

As excelentes críticas internacionais indiciam que o livro de Samantha Hayes irá rapidamente saltar para o topo da lista de preferências de quem gosta de policiais e thrillers intensos. Aconselha-se a leitura durante o dia, pois Até que Sejas Minha pode tirar-lhe o sono à noite…
«Ela tem algo que outra pessoa quer. A qualquer custo…

Sinopse: Ela tem algo que outra pessoa quer. A qualquer custo… Claudia parece ter a vida perfeita. Está grávida, vai ter um bebé muito desejado, tem um marido que a ama, embora ausente, e uma casa maravilhosa. Depois, Zoe entra na vida dela. Zoe foi contratada para a ajudar quando o bebé nascer, e parece a pessoa certa para o cargo. Mas há qualquer coisa nela de que Claudia não gosta e que a faz desconfiar. Quando encontra Zoe no seu próprio quarto, a remexer nos seus bens pessoais, a ansiedade de Claudia torna-se um medo bem real…

Sobre a autora: Samantha Hayes é escritora profissional desde 2006, contando já com seis títulos publicados (Blood Ties, Unspoken, Tell Tale, Someone Else's Son, Até Que Sejas Minha e Antes Que Morras, este último a publicar brevemente em Portugal). Os seus livros estão publicados em múltiplos países: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Noruega, França, Espanha, Itália, Turquia, Hungria, Rússia, Brasil, Polónia e China. Samantha Hayes viveu na Austrália e nos Estados Unidos antes de, finalmente, se estabelecer na sua terra natal, no centro de Inglaterra. Escreve sobretudo thrillers psicológicos ambientados na vida familiar e focados em assuntos do quotidiano. Até que Sejas Minha é o seu livro de maior êxito até ao momento.

Imprensa
«Muito tenso e extremamente bem escrito.»  
Independent

«Um livro que não vai querer parar de ler até atingir a eletrizante última página. Prometo-lhe que nunca irá adivinhar o final, ainda que seja o mais experiente leitor de thrillers.» 
Read It Swap It

«Um thriller absolutamente brilhante que o obrigará a acelerar até ao chocante final. Atenção: pode tirar-lhe o sono!» 
Closer

«Se vai levar apenas um livro para as suas férias, tem de ser Até Que Sejas Minha.» Cosmopolitan

«Obrigatório para os fãs de Em Parte Incerta, de Gillian Flynn.» 
Psychologies

«Um final verdadeiramente espetacular…» 
Entertainment Weekly


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Kjell Ola Dahl - Morte Numa Noite de Verão [Divulgação Editorial Porto Editora]


Data de publicação: 27 Junho 2014

               Titulo Original: En liten gyllen ring
               Tradução: Miguel Caldas
               Preço com IVA: 16,60€
               Páginas: 368
               ISBN: 9789720045683

O conhecido escritor norueguês Kjell Ola Dahl vai deixar de estar inédito em Portugal a partir de 27 de junho, dia em que a Porto Editora publica o seu mais conhecido thriller, Morte numa Noite de Verão. Para além do suspense de toda a investigação policial, este é um livro que mantém uma reflexão permanente sobre temas fraturantes da sociedade, como a ambição, o amor e a violência.
Aquando da sua publicação, Morte Numa Noite de Verão foi distinguido como o Melhor Policial Norueguês do Ano e nomeadopara o Brage Literary Award, para o Glass Key Award e o Martin Beck Award.

Sinopse: De tronco nu e cabelo ao vento, Katrine Bratterud está eufórica: celebra a conquista de uma nova liberdade, agora que está prestes a terminar com sucesso um programa de reabilitação para toxicodependentes. Mas é no culminar dessa noite de furor e romance que Katrine se afasta para se refrescar num lago e morre brutalmente às mãos de um estranho, desaparecendo com ela os segredos que lhe trouxeram aquela felicidade recente.
Os inspetores Frølich e Gunnarstranda não acreditam em coincidências e, por isso, também não vêm a morte de Katrine como uma mera questão de azar. Rapidamente mergulham numa série de investigações, cada vez mais profundas, que não descuram nem a vida de drogas e de prostituição de Katrine, nem tão pouco as intervenções de médicos e funcionários na sua reabilitação. Todos os homens que conheceu e amou são imediatamente suspeitos e só 
de uma certeza os inspetores podem estar seguros: uma mulher cativante e vulnerável como Katrine transforma até o mais reto dos seres em pecador.

Sobre o autor: Kjell Ola Dahl nasceu em 1958 na Noruega e iniciou a sua carreira literária em 1993 com Dødens More Investeringer, que rapidamente se converteu num dos policiais mais conhecidos do seu país.

Imprensa
«Tal como nos livros anteriores de Dahl, somos agora confrontados com uma síntese perfeita entre a linguagem dos policiais clássicos e a dos romances sociais.»
The Independent

«Dahl, o autor da série dos Detetives de Oslo (...), aborda o género [policial] de um ângulo sociopsicológico, analisando as condições sociais e motivações das suas personagens em narrativas robustas e apaixonantes.»
The Guardian

«Recomendado aos fãs de Karin Fossum e Kjell Eriksson. Dahl é um talento formidável.»
Booklist

«Dahl é uma estrela brilhante do género [policial].»
Hamar Arbeiderblad

«[Dahl] pertence a uma liga só sua.»
Aftenposten

Leia as primeiras páginas de Morte Numa Noite de Verão aqui


sábado, 21 de junho de 2014

Justin Cronin - A Passagem Vol.1 [Opinião]


Sinopse: A Passagem é o primeiro livro de uma grandiosa epopeia pós-apocalíptica. Uma experiência científica a que o exército dos Estados Unidos submete vários homens e uma menina, para os tornar invencíveis, resulta numa catástrofe cujos efeitos têm consequências inimagináveis. Os homens submetidos àquela experiência tornam-se detentores de extraordinários poderes, mas são monstros assassinos sedentos de sangue. Neste primeiro volume do livro acompanhamos a sangrenta destruição que se segue à invasão dos mutantes, bem como a penosa reorganização dos sobreviventes em pequenas comunidades precárias, onde a gestão dos escassos recursos é uma prioridade. Neste cenário de devastação instala-se uma dinâmica que vai modificando as personagens e as relações que se estabelecem entre elas.

Opinião: Talvez deva começar por explicar que a compra deste livro foi completamente inesperada. Já ouvira testemunhos sobre quão forte é esta obra e numa ocasião em que me esqueci completamente do meu livro em casa (e eu não passo uma viagem para o trabalho sem a fiel companhia da leitura), decidi adquirir A Passagem. A sinopse deixa antever que a presente história se debruça sobre vampiros após uma manipulação de um vírus. Pessoalmente esta abordagem sobre estes seres é a que mais gosto (já tive oportunidade de ler A Estirpe de Guillermo del Toro e Chuck Hogan, cujos moldes se assemelham ao presente livro e foi das obras com vampiros que mais gostei). Pois na minha opinião, estes são seres maléficos e sedentos de sangue que não se coíbem de ceifar vidas humanas para se alimentarem. 

A estrutura do livro é muito dinâmica: ora alterna entre a narrativa propriamente dita ora entre os planos de contingência do Estado Americano ou registos do diário de uma testemunha do apocalipse. A meu ver, estas duas últimas formas conferem um efeito de realismo bastante acentuado à trama. Apesar de estar dividido em cinco partes, há claramente dois momentos distintos na narrativa: as circunstâncias actuais que antecedem e originam o apocalípse e o período que sucede este acontecimento, mostrando uma sociedade que se rege essencialmente através do instinto de sobrevivência. Aponto que este factor é para mim, o mais cativante no género distópico. Cada autor tem uma leitura diferente sobre o apocalipse e o modo como se organiza a sociedade difere de acordo com as circunstâncias instigadas pelo fenómeno.

As primeiras páginas prenderam-me imediatamente à narrativa pois apesar de toda uma descrição sobre as personagens há um certo clima tenso. Ao longo da leitura tive a sensação de que "algo muito errado vai acontecer". Além disso, fiquei muito sensibilizada com a história da menina, Amy, que tão nova e passou por provações tão complicadas. As personagens são descritas com grande profundidade e todas elas munidas de dramas pessoais, independentemente do papel que estas desempenham na trama.
Adorei a pequena Amy, pelo que já explanei anteriormente embora não tenha ficado indiferente à personagem de Brad Wolgast e ao aparente "vilão" Anthony Carter. Identifiquei-me com estas personagens e mexeram comigo por apresentarem histórias de vida tão atribuladas. Reconheço que inicialmente estava impaciente, queria apenas ler sobre o apocalipse quando fui absorvida por estas personagens espectaculares. Dava por mim a interessar-me cada vez por elas, sabendo que uma catástrofe seria iminente. 
Posteriormente, numa fase mais avançada do livro, são desenvolvidas outras personagens nos mesmos moldes. Não senti grande empatia com estas, confesso, ainda que reconheça características interessantes devidas ao árduo ambiente onde vivem. Talvez tenha tido esta percepção pois ligara-me muito à personagem de Brad e sinceramente senti a sua falta. Afinal de contas, a relação que este desenvolvera com a menina foi tão forte e repleta de ternura, brotando os instintos mais bonitos que o ser humano pode revelar. E a meu ver, uma verdadeira antítese pois um cenário pós apocalíptico não oferece margem para tais sentimentos. 
Já para não falar de Amy, embora esta acabe por ser a força motriz, participando na totalidade do livro.

O mundo criado por Cronin não difere muito do cenário que conhecia de The Walking Dead, diferindo apenas nos seres, que neste caso são os virais, um termo usado para as criaturas sedentas de sangue. Embora Cronin tenha intensificado o efeito paranormal através da personagem Amy que participa em toda a narrativa ainda que futurista, ocorrendo uma centena de anos após o apocalipse.
A Passagem é um livro muito gráfico e o autor não se poupa nos pormenores dos ataques dos vampiros que são verdadeiramente impressionantes.

Fica a curiosidade: em livro algum vi a expressão de admiração "Fisga-se". Até ler o presente livro. E como os momentos de surpresa em A Pssagem surgem em catadupa, vi esta expressão inúmeras vezes. Este livro poderá muito bem dirigir-se para um público mais jovem, desadequando-se assim o uso de uma linguagem escatológica, daí que compreendo ser-se usado este invulgar termo.
Aponto como defeito o facto deste livro ter sido dividido em dois. Os livros publicados pela Editorial Presença encontram-se em papel reciclado e são leves, pelo que não me importaria de andar sempre com o livro mesmo que este tivesse mais umas quantas páginas.
Felizmente na Hora H da Feira do Livro de Lisboa comprei o segundo volume a um preço bastante simpático, o qual tenciono ler o mais breve possível.

A Passagem é um excelente distopia com nuances de terror que me manteve em suspense no decorrer da sua leitura. Visto que a escrita do terceiro livro da trilogia ainda está em curso, o primeiro volume da Passagem será decididamente um livro que mais tarde irei reler (embora sinta que o poder da história foi tal, que a tornou inesquecível) a fim de saborear conveniente a trilogia num só trago. Gostei mesmo muito!

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Erik Axl Sund - Fome de Fogo [Divulgação Editorial Bertrand]


Data de publicação: 11 Julho 2014

               Titulo Original: Hungerelden
               Colecção: As Faces de Victoria Bergman, #2
               Preço com IVA: 17,70€
               Páginas: 416
               ISBN: 9789722528382

Sinopse: Os esforços de Jeanette Kihlberg para solucionar os casos dos meninos mortos são cerceados quando um homem de negócios é assassinado em Estocolmo, naquilo que parece ser uma morte ritualística. Alguns pormenores sugerem um ato de vingança. Mas vingança de quê? 
Entretanto, Jeanette continua à procura da desaparecida Victoria Bergman e as suas investigações levam-na a um colégio interno de elite, bem como à Dinamarca e a acontecimentos do seu próprio passado. Por seu turno, a psicoterapeuta Sofia Zetterlund tenta encontrar-se a si própria. À semelhança do primeiro livro desta trilogia, somos confrontados com voltas e reviravoltas e um final absolutamente inesperado.

Imprensa
«Viciante, inteligente, ao mais alto nível.» 
Kristianstadsbladet

«Uma das obras centrais da ficção criminal sueca.»
Sydsvenskan

«Joga num campeonato próprio.»
Arbetarbladet

Anteriormente publicado
Opinião AQUI


quinta-feira, 19 de junho de 2014

Matthew Quirk - Os 500 [Divulgação Editorial Porto Editora]


Data de publicação: 27 Junho 2014

               Título Original: The 500
               Tradução: Raquel Dutra Lopes
               Preço com IVA: 16,60€ 
               Páginas: 320
               ISBN: 9789720044211


Misturando os melhores elementos da intriga política com o entusiasmo e suspense próprios de um thriller, Os 500 é a primeira obra do jornalista de investigação Matthew Quirk. Este explosivo romance sobre intriga e ambição é publicado pela Porto Editora a 27 de junho.
O escritor Jeff Abbott ficou fã de Os 500: «É inteligente, intrigante, cheio de ação e êxtase, e carregado dos pormenores que fazem parte da vida escondida de Washington. Vai ser o grande thriller de estreia do ano.» E foi, de facto. Depois de surpreender a América e conquistado leitores nas 20 línguas em que já está traduzido, 
Matthew Quirk verá ainda este livro ser adaptado ao grande ecrã, numa produção da Twentieth Century Fox.

Sinopse: Depois de renunciar aos maus hábitos do passado, o jovem estudante Mike Ford tem de estar agora à altura de dois grandes desafios: primeiro, conseguir dinheiro para saldar as dívidas que herdou da falecida mãe e para pagar o curso de Direito em Harvard; segundo, construir a vida digna que nunca teve.
É com o prestigiado professor Henry Davies - que trabalhou com os presidentes Johnson e Nixon e dirige a mais importante consultora financeira americana - que Mike é, aparentemente, salvo. Convidado a integrar a consultora, Mike passa a fazer parte da nata da alta-finança, e tem à sua disposição não só um salário milionário, mas também a expectativa de um romance com a sua parceira de trabalho Annie. Só não esperava que, para ser bem-sucedido a conquistar influências junto dos 500 homens e mulheres que dominam os mercados mundiais, lhe fosse exigido que fomentasse alianças com criminosos de guerra ou manipulasse congressistas, que recorresse à chantagem, à mentira, à vigarice... ao seu passado.
Colocado entre a espada e a parede, Mike ou enfrenta as consequências sórdidas inerentes ao trabalho, ou arrisca a vida às mãos dos próprios colegas, se tem a pretensão de desistir. Mas há uma alternativa: ser melhor nas artes do engano do que a sua própria empresa e conseguir denunciá-la publicamente depois de a desmantelar por dentro.

Sobre o autor: Matthew Quirk estudou História e Literatura na Universidade de Harvard. Depois de se licenciar, trabalhou como jornalista, ao longo de cinco anos, na conceituada revista The Atlantic, onde fez reportagem criminal, escreveu sobre o abastecimento de material militar, tráfico de ópio, terrorismo e gangues internacionais.
O seu romance de estreia, Os 500, está traduzido em vinte línguas e a ser adaptado para o cinema pela Twentieth Century Fox. 
Visite o site do autor em www.matthewquirk.com

Imprensa
«Que thriller incrível e absolutamente fenomenal! Nenhum outro livro, desde A Firma, me tinha deixado assim, sem ar. Este vai ser um enorme sucesso.»
Joseph Finder

«No seu primeiro romance, o jornalista Matthew Quirk toma de assalto as estruturas do poder de Washington numa tempestuosa história de corrupção de David contra Golias. Um dos livros que mais vai dar que falar.»
Booklist

«Quirk escreve uma história emocionante. A ação não se detém nem por um segundo e as páginas esvoaçam por entre os dedos enquanto a vida de Ford se vai revelando.»
Huffington Post


terça-feira, 17 de junho de 2014

Passatempo Jussi Adler-Olsen - O Guardião das Causas Perdidas [Resultado]


Com a preciosa colaboração da editora Editorial Presença, a menina dos policiais tinha um exemplar de O Guardião das Causas Perdidas de Jussi Adler-Olsen para oferecer. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 221 participações válidas, as respostas correctas eram:

1. A que colecção pertence O Guardião das Causas Perdidas? O Fio da Navalha
2. Como se chama o detetive menos popular da Divisão dos Homicídios de Copenhaga? Carl Mørck
3. Qual é a missão do Departamento Q? Rever casos arquivados
4. Qual a nacionalidade do autor Jussi Adler-Olsen? Dinamarquesa
5. Que imprensa afirma que Jussi Adler-Olsen é «O novo autor-sensação do policial nórdico.»? The Times

Note-se que este passatempo tinha uma particularidade facultativa: quem partilhasse o passatempo no Facebook, no seu mural e de forma pública, a participação era duplicada. Assim, quem participaria na posição 1 e cumprisse este requisito, participa com os números 1 e 2. O objectivo era divulgar o blogue aos amigos :)

E após um sorteio no random.org, a vencedora é:

125 - Cláudia Carlos - Linda-a-Velha

Parabéns ao vencedor!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!

Para mais informações sobre o livro O Guardião das Causas Perdidas, clique aqui
Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui


domingo, 15 de junho de 2014

84ª Feira do Livro de Lisboa [Rescaldo]

Ora bem, termina hoje (e deixará saudades) mais uma feira do livro. Este ano não fiz os posts de compras a cada vez que ia pois a contenção obriga a que estas tenham sido menos. Ainda assim não deixei de trazer mais dois para a minha colecção de Sangue Fresco e, visto que me estou a iniciar na J.D.Robb. outros dois desta. Foram em Hora H, exceptuando um deles no alfarrabista. Vá, o estrago não foi muito grande!
Eu leio em qualquer lado e aproveito a minha viagem para o trabalho para adiantar mais umas páginas. Eis que na semana passada esqueci-me do meu livro. Desnorteada, sem companhia de viagem, comprei A Passagem e comecei logo a ler. Rapidamente me viciei naquela história pelo que não pude deixar de comprar A Passagem II em hora h a um bom preço.


Este ano a FLL foi especial pois fui convidada a participar numa tertúlia, chamada Livros na Estrato(Blogo)esfera. Uma conversa bastante interessante em que se abordou maioritariamente o tema do poder de divulgação dos blogues. Os autores Pedro Garcia Rosado, Afonso Cruz e Tânia Ganho participaram nesta agradável troca de ideias e por ter gostado tanto deles, fiquei curiosa em conhecer as obras de Ganho e Cruz. O tema da literatura policial foi ligeiramente debatido, pudera, não estivesse lá a menina dos policiais e o mestre do thriller português, Pedro Garcia Rosado.


Dia 13 de Junho rumei novamente à feira do livro para participar numa tertúlia policial no picnic literário. Desta vez emparelhei com o autor Nuno Nepomuceno e alguns amigos juntaram-se à conversa. Foi bastante agradável e mais uma vez, gostei bastante de rever algumas bloggers que por lá passaram.
Um outro momento memorável foi voltar a rever as relações públicas de diversas editoras! Alguns tive o privilégio de trocar impressões pela primeira vez e gostei imenso de conhecer quem está por trás de tantos emails trocados. 

Por falar em conhecer pessoas, por intermédio de um grupo no facebook, o dos livrólicos anónimos, este ano organizaram-se alguns encontros de pessoas com a mesma paixão que eu tenho pela literatura.


Ontem atrevi-me a ir à feira mesmo com este calor abrasador. E por causa de um autor, Donato Carrisi. O autor do Sopro do Mal, um dos melhores livros que alguma vez li, é bastante simpático e em conversa mediada pelo tradutor, percebi que assinou um contrato com a FOX para que seja realizada uma série baseada nos seus livros. Em Itália acaba de sair a continuação d´O Tribunal das Almas e eu estou ansiosa que seja traduzido para português! Uma curiosidade: em Itália os policiais são conhecidos por giallo, que significa amarelo. Normalmente as capas dos livros deste género têm esta cor. Curioso, hein?

Fica para a posteridade a foto com o autor, o desejo que o mesmo retorne ao nosso país e o autógrafo (depois deste me ter dito que tinha pensado numa personagem com o nome de Vera para o próximo livro e que esta seria uma vítima).



sábado, 14 de junho de 2014

Megan Maxwell - Pede-me O Que Quiseres ou Deixa-me [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Pede-me o Que Quiseres ou Deixa-me é o derradeiro volume que encerra a minha trilogia de eróticos contemporâneos favorita, sucedendo-se a Pede-me O Que Quiseres e Pede-me o Que Quiseres Agora e Sempre. Confesso que irei ter saudades de Jud e Eric mas algo me diz que ainda iremos ter uma surpresa. Sim, porque em Espanha, a trilogia estende-se com um livro, protagonizado por Bjorn, o amigo alemão de Eric.
Pela primeira vez senti algo que até então só acontecera com autores policiais: uma vontade indescritível de ler este volume. Penso que este sentimento se deveu ao facto de em Março ter conhecido a autora e ficado verdadeiramente fã da Megan Maxwell, da sua simplicidade e simpatia para com os seus leitores.

Posto isto, passemos ao que realmente interessa. Aparentemente neste terceiro volume, a relação de Jud e Eric amadureceu. Bem, ainda que com a limitação dos ciúmes. Digamos que dentro destes moldes, o presente livro acaba assim, por ser seguimento muito desejado do livro antecessor. As passagens de cariz erótico continuam bastante quentes e atrevidas, referindo práticas que ainda vão além dos que já conhecíamos dos livros anteriores. Não é, portanto, um livro monótono em que as cenas de sexo se sucedem. Há profundidade e audácia nas mesmas e mais importante é a forma como as personagens estão veiculadas aos sentimentos.
Ainda assim, achei que estas cenas encontram-se em menor número se tivermos em consideração os livros anteriores. Pede-me O Que Quiseres ou Deixa-me explora a história das personagens, não se cingindo aos protagonistas. Cada vez mais os restantes intervenientes têm um papel mais vincado, e neste último livro em concreto, também a irmã da protagonista vê-se a braços com um romance e os amigos Dexter e Graciela. Já para não falar de Bjorn...

Como referi, esta trilogia é muito mais do que uma série de eróticos. Existem valores morais que são transponíveis para a leitora, nomeadamente no segundo e terceiro livros em que é evidente a forma como o núcleo Eric, Judith e Flyn protagonizam cenas emocionantes e familiares que falam de amor, carinho e aceitação.
Profundidade esta também constatada nas personagens. Já mencionara anteriormente que acho a Judith hilariante! Por inúmeras vezes me sentia a sorrir lendo as saídas de Jud, uma personagem com um temperamento tipicamente mediterrânico. Um contraste com Eric, alemão, mais calculista nos seus sentimentos. Esta antítese de personalidades resultou muito bem, desde o primeiro livro, sendo o factor de alguns arrufos entre o casal. A piada está em fazer as pazes, claro! 

A história de Pede-Me o Que Quiseres ou Deixa-me é, como já tive oportunidade de mencionar, extremamente sensorial, apelando a algumas músicas, consegue oferecer uma percepção de que a leitora também as está a ouvir aquando a leitura do livro.
Apesar de conter um número considerável de páginas, é um livro que se lê muito bem. Algo viciante, mantém a leitora na expectativa do que irá acontecer a seguir.

Em suma, como balanço final, esta série, alternando entre momentos eróticos arrojados e o humor, confere uma leitura envolvente. As personagens são interessantes e o enredo, ainda que não seja totalmente original, é sem dúvida cativante. Uma trilogia muitíssimo bem escrita que se lê num ápice. Recomendo para uma leitura de Verão!

Para mais informações sobre o livro Pede-me O Que Quiseres ou Deixa-me, clique aqui




sexta-feira, 13 de junho de 2014

Tess Gerritsen - A Pecadora [Opinião]


Sinopse: Os corpos de duas freiras, vítimas de violência brutal, encontrados no solo sagrado da Capela da Nossa Senhora da Luz Divina conduzem a médica-legista Maura Isles e a detective Jane Rizzoli para o centro da investigação. Não vai ser fácil encontrar uma explicação para aquele cenário brutal, pois as freiras vivem em clausura, no convento, não tendo contactos com o exterior. Para adensar o mistério, Maura Isles descobre, ao fazer a autópsia à irmã Camille, uma jovem de vinte anos, que esta dera à luz pouco antes de ser barbaramente assassinada. Quando é encontrado o cadáver mutilado e irreconhecível de uma mulher num prédio abandonado, as investigações mudam de rumo. Começa então a desvendar-se a tenebrosa relação entre as mortes e, à medida que segredos há muito esquecidos vêm a lume, descobre-se um antigo horror que está por detrás destes homicídios horrendos.

Opinião: Em 2011 descobri uma autora de quem passei a gostar bastante, Tess Gerritsen (oh céus, como o tempo passa...), tendo lido dois livros de uma série protagonizada por duas carismáticas personagens: Jane Rizolli e Maura Isles: O Cirurgião e O Aprendiz.
Aguardei esperançosa que a Bertrand publicasse a restante colecção em tamanho standard. Passados dois anos e cansada de esperar, adquiri os outros na colecção da Círculo de Leitores. Se existe uma mania de leitor que eu tenho, é sem dúvida ter os livros todos da mesma colecção pois assim parece que os primeiros dois destoam. Enfim... 


Posto isto, ainda bem que comprei todos os livros de Gerritsen. Bem... ontem tive conhecimento que irá sair o nono livro da saga (espreitem aqui). Tinha tantas saudades de ler um livro seu e ter lido A Pecadora soube-me mesmo muito bem, tendo atribuído 5 estrelas no Goodreads. E vós sabeis que é muito raro dar esta pontuação a um livro...
Como os entusiastas desta série sabem de antemão, as protagonistas chamam-se Maura Isles e Jane Rizzoli. A Pecadora é o terceiro livro da saga e saliento a importância de ler a série ordenadamente uma vez que no presente livro, Rizzoli vê-se a braços com uma situação, consequência dos seus actos nos livros anteriores. Confesso que não me recordava da exactidão das histórias antecessoras, contudo, à medida que folheava o livro, fui-me recordando aos poucos do vilão Hoyt e do agente de FBI. Esta personagem, Gabriel Dean, vê o seu papel reduzido em A Pecadora e por consequente, achei que poderia ter sido desenvolvido. Cabe-me ter esperanças que no livro seguinte, Duplo Crime, o agente tenha um papel pleno. 

Tenho esta autora nos píncaros da minha consideração. Gerritsen é médica, não se coibindo de fundamentar os inúmeros processos associados a uma autópsia. Este aspecto acaba por tornar mais credível a personagem de Maura Isles que é médica patologista. Portanto, torna-se expectável que os procedimentos referentes a uma autópsia seja devidamente esclarecidos bem como inúmeras explicações de doenças provocadas por bactérias (tomara as minhas aulas de Microbiologia na faculdade tivessem sido tão interessantes como as dissertações de Gerritsen).
A escrita da autora é assim extremamente gráfica, cujos conteúdos podem ferir as susceptibilidades do leitor. Como a sinopse antecipa, os casos são por si chocantes: os corpos de duas freiras apareceram, num estado deplorável. Altamente mutilado, o corpo de Camille foi encontrado em circunstâncias altamente duvidosas. Para alguém que vive enclausurado num convento, é de difícil compreensão que tenha engravidado e posteriormente dado à luz, apresentando-se este facto como um mistério de dimensão menor face à identidade do homicida. Devo dizer que os contornos do caso associado à irmã Camille foram, na minha opinião, os mais chocantes. Em paralelo, um cadáver irreconhecível é encontrado. Uma mulher anónima cujo assassinato está de alguma forma, ligado com o caso das freiras, ligação esta bastante improvável.

No meio da investigação criminal, gostei de ver desenvolvida a vida afectiva da rainha dos mortos, ou como quem diz, a dra Maura Isles. Adoro conhecer estas duas protagonistas femininas e tão distintas uma da outra e da generalidade das mulheres. Se por um lado, A Pecadora deu a conhecer mais de Maura Isles, Jane Rizolli, como referi anteriormente, está a braços com um dilema pessoal e sensível. O leitor fica curioso não só com os dois casos criminais como com o deslindar das problemáticas pessoais de Isles e Rizzolli.

Existe uma série televisiva baseada nos livros de Tess Gerritsen, Rizzoli & Isles. Já tive oportunidade de ver alguns episódios e na minha opinião, os livros são bem melhores que a série, pois são mais explícitos. É uma série que põe a nu a muitos procedimentos do processamento de cadáveres, que por norma nos são interditos. Cativante, de rápida e empolgante leitura, a série dos livros de Rizzolli e Isles é definitivamente obrigatória para os leitores que apreciam casos de homicídio mórbidos e pormenores arrepiantes sobre autópsias.


quinta-feira, 12 de junho de 2014

Camilla Läckberg - A Ilha dos Espíritos [Divulgação Editorial Dom Quixote]


Data de publicação: 8 Julho 2014

               Título Original: Fyrvaktaren
               Preço com IVA: 19,90€ 
               Páginas: 496
               ISBN: 9789722055123

Sinopse: Erica e Patrik sobreviveram ao trágico final de A Sombra da Sereia, mas não saíram incólumes desses terríveis eventos. Ainda a recuperar, Patrik regressa à esquadra depois de uma baixa prolongada. Mal se sentou na secretária viu-se envolvido numa nova investigação. Mats Sverin, um antigo colega de liceu de Erica, foi encontrado morto em casa com uma bala na cabeça. Mas ninguém tem nada a dizer dele. Por onde passou deixou boas recordações e todos parecem concordar que era um jovem simpático, apesar de nada deixar transparecer da sua vida privada. E é este o grande desafio de Patrik: chegar à verdade por detrás das aparências. Mais uma vez vai contar com a inesperada ajuda de Erica para descobrir o horror que esconde a sinistra ilha de Gråskär, a ilha dos espíritos, onde se refugiou uma antiga namorada de Mats com o filho…
Mais um livro empolgante de Camilla Läckberg que, a par do suspense, revela as trágicas consequências de um drama que atravessa gerações: a violência doméstica.

Imprensa
«A escritora sueca de maior sucesso da atualidade.»
The Independent

«Läckberg é perita em combinar cenas familiares harmoniosas com um terror capaz de fazer gelar o sangue.»
The Guardian



Tess Gerritsen - Rapariga Silenciosa [Divulgação Editorial Círculo de Leitores]


Data de publicação: Junho 2014

               Título Original: Silent Girl
               Preço com IVA: 14,80€ (promocional). Posteriormente: 18,50€
               Páginas: 312

Livro Exclusivo para sócios da Círculo de Leitores

Sinopse: Um corpo desmembrado e vestígios de um animal junto às feridas. Esta é a misteriosa morte que Rizolli e Isles têm de resolver. Há alguns anos, naquelas mesmas ruas da Chinatown de Boston, teve lugar um massacre nunca deslindado e uma das sobreviventes manteve até hoje o silêncio, por medo. Mestre em artes marciais, esta mulher é a chave para a resolução de mais um crime. Mas conseguirá a dupla de investigadoras convencê-la a falar? Adaptado ao pequeno ecrã, Rapariga Silenciosa é um daqueles livros que, entre o medo e a curiosidade, não vai conseguir parar de ler.
A rainha do thriller americano está de volta com mais uma aventura da dupla de detetives de Boston, Jane Rizzoli e Maura Isles. Científica e meticulosa, Tess Gerritsen combina os seus conhecimentos em medicina com um singular registo de suspense, criando autênticos enredos de mistério. Os seus livros estão traduzidos para 40 línguas e contam já mais de 25 milhões de exemplares vendidos, em todo o mundo.

Sobre a autora: De ascendência asiática, nasceu nos EUA e formou-se em Medicina na Universidade da Califórnia. O seu primeiro grande bestseller internacional foi Harvest, em 1996, que impôs um novo género, o thriller médico. Seguem-se outras obras de suspense, cujo sucesso leva a autora a desistir da carreira em medicina e a dedicar-se a tempo inteiro à escrita.

Imprensa
«Não apenas recomendado. Obrigatório.»
Lee Child

«Mais uma alucinante viagem... A Rapariga Silenciosa é um dos melhores de Gerritsen.»
Associated Press

Para mais informações sobre Rapariga Silenciosa, clique aqui