terça-feira, 31 de março de 2015

A Estante está mais cheia [Março 2015]

 

E chegámos ao último dia de Março, dia de balanço mensal do blogue que este mês andou mais parado. Comecei a dedicar o meu tempo livre também à costura, o que limitou os momentos de leituras. Mas as aquisições, essas, continuaram.
Estes livrinhos foram, maioritariamente, oferecidos pelas editoras parceiras às quais endereço os meus agradecimentos. Aquele perdido ali da Mary Higgins Clark foi um achado na feira dos alfarrabistas e custou-me 2€. 


Este mês fiz uma loucura. Daquelas que nos fazem sorrir. Num grupo de vendas de livros no Facebook, reparei que uma senhora de Oeiras estava a vender a colecção da V. C. Andrews, nova. por 25€. Quando percebi que a compradora morava a poucos metros de mim, fui ter com ela e não resisti. Já tenho mais uma saga da V. C.! (em minha defesa tenho a alegar que estes livros são raríssimos e não se encontram aí à venda, ok?)


Este mês comemorei 9 anos de namoro e a minha cara metade ofertou-me estes três livros. Ele sabe que não sou mulher de bombons nem tão pouco de flores (o que eu gosto mesmo é de livros!) e surpreendeu-me. Bem... eu ajudei a escolher, claro ;) Ainda assim, não deixou de ser um gesto que me aqueceu o coração.

E vocês? Muitas compras neste mês ou estão a guardar-se para a feira do livro que se aproxima a largos passos?

Sascha Arango - A Verdade e Outras Mentiras [Divulgação Editorial Presença]


Data de publicação: 2 Abril 2015 
  
               Título Original: Die Wahrheit und andere Lügen
               Colecção: O Fio da Navalha #117
               Tradução: António Sousa Ribeiro
               Preço com IVA: 14,90€
               Páginas: 224
               ISBN: 9789722355254

THRILLER PSICOLÓGICO NA LINHA DE O TALENTOSO MR. RIPLEY DE PATRICIA HIGHSMITH

O novo fenómeno literário que conquistou os editores de todo o mundo

Sinopse: A Verdade e Outras Mentiras é um thriller psicológico que reúne inteligência, elegância, comédia negra e um elemento surpresa tão forte que nos hipnotiza desde o primeiro momento. 
Henry Hayden, um escritor de sucesso com um passado secreto, seduz toda a gente com a sua sensualidade e os seus modos de dandy. Mas a vida de fachada que construiu é subitamente ameaçada quando Betty, a amante, lhe revela que está grávida. Desesperado por salvar o seu casamento e o enorme sucesso literário de que goza, Henry comete um erro fatal e, na ânsia de o consertar, entra num vórtice imparável de mentiras e destruição.

Sobre o autor: Sasha Arango nasceu em Berlim, em 1959. É um dos mais conhecidos argumentistas e dramaturgos alemães. Foi distinguido com vários prémios, nomeadamente o prestigiado Grimme Preis, com que foi galardoado duas vezes. 

A Verdade e Outras Mentiras é o seu romance de estreia, que se tornou de imediato um fenómeno literário na Alemanha, tendo direitos vendidos para mais de vinte e cinco países.

Imprensa
«O mais belo romance que você vai ler em 2015. Da autoria de Sascha Arango, em estreia absoluta.»
Corriere della Sera

«A Verdade e Outras Mentiras é - com toda a certeza - o melhor romance policial alemão de 2014.»
Die Welt

«O mais belo género de ficção noir.»
Spiegel 

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quarta-feira, 18 de março de 2015

Sophie Hannah - Um Erro Fatal [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Terminei Um Erro Fatal durante a madrugada de hoje. Tinha-se apoderado de mim um enorme vício de ler ávidamente a fim de deslindar o (estranho) caso que Sophie Hannah nos apresenta.

Um Erro Fatal é o 9º livro da série Spilling CID, depois dos dois primeiros terem sido publicados pela Gótica, uma chancela da extinta Difel. Como li estes títulos e gosto da autora, tinha grandes expectativas com esta leitura. Ainda assim, considero que esta obra pode ser lida independentemente. Não me recordo de nenhuma das personagens em O Pesadelo de Alice nem em Intimidade Perigosa e a trama é completamente independente.

Um Erro Fatal é um livro extremamente actual, com ênfase nos sites de namoro virtual. O facto de estarmos a estabecer uma relação com alguém cuja identidade verdadeira é desconhecida, constitui por si só um mistério e quando se alia a um crime e uma personagem deveras enigmática, este efeito intensifica-se.
É o que acontece a uma dona de casa com dois filhos que se regista num site de namoros virtuais, tendo a perfeita noção que este é o primeiro passo para a infidelidade. Ela corresponde-se com alguém sob o nickname de King Edward VII, trocando mensagens de cariz amoroso e mais tarde com um outro indivíduo. O caso complica-se quando o detestável cronista Damon Blunty é encontrado morto, junto de uma mensagem escrita sob a forma de uma metáfora.

Gostei muito da caracterização das personagens, mais concretamente da protagonista, Nicki Clements, uma mulher enigmática, sendo que durante a leitura, vamo-nos apercebendo da complexidade desta personagem, dos actos passados que influenciam o seu carácter, da relação com os pais e sobretudo com a ex melhor amiga Melissa. 
Nicki consubstancia-se como uma personagem pejada de fachadas e um ponto forte da trama é a forma como a pouco e pouco a vamos conhecendo verdadeiramente. 
É portanto, uma trama repleta de reviravoltas que se prendem com o levantar do véu sobre a essência da protagonista.

A trama deste thriller psicológico é intrincada. Nas primeiras páginas não conseguia perceber a ligação entre Nicki e o homem que fora assassinado. A verdade é que ela se sente culpada e começa a ter uma série de atitudes altamente suspeitas, factos esses que me deixaram muito intrigada. Depois a própria forma como é posta a narrativa é verdadeiramente inteligente. Diferentes perspectivas, ora por um narrador ora pela própria Nicki, entre excertos de crónicas e um mundo de comentários e email. Esta estrutura conferiu uma maior verossimilhança à história.

O desfecho foi altamente imprevisível, nomeadamente a identidade do vilão. No entanto, tendo sido desmistificado um aspecto sobre Damon e o seu casamento, senti que algo ficara por explicar sobre Nicki. Nesta óptica, senti que o final ficou em aberto no que concerne à protagonista.

Em jeito de remate, devo dizer que gostei muito desta obra contemporânea, imprevisível e bastante empolgante. Aguardo com expectativa que sejam publicados mais títulos da autora.


terça-feira, 17 de março de 2015

Åsa Larsson - Sacifício a Moloc [Passatempo Planeta]


Desta vez, e em parceria com a Planeta, a menina dos policiais tem para sortear um exemplar do livro Sacifício a Moloc de Åsa Larsson. Para participar no passatempo tem apenas de responder acertadamente a todas as questões seguintes.
São mantidos os moldes do passatempo anterior: a partilha do passatempo numa rede social, pública, garante ao participante mais uma entrada válida!

Regras do Passatempo:

- O passatempo começa hoje, 17 de Março de 2015 e termina às 23h59 do dia 29 de Março de 2015.
- O participante vencedor será escolhido aleatoriamente.
- O vencedor será contactado via e-mail.
- O blogue e as editoras não se responsabilizam por extravios dos CTT.
- Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.
- Se precisarem de ajuda, podem consultar aqui e aqui

Só me resta desejar boa sorte aos participantes!!! :)

Para mais informações sobre a Planeta, clique aqui

Sandra Brown - O Último Minuto [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Já li todos os livros publicados em português desta autora e regra geral, proporcionam leituras descontraídas e plazerosas. 
O Último Minuto não foi excepção, embora se tenha destacado por, na minha opinião, ser uma trama mais forte. Com isto quero dizer que considero que a componente thriller se tenha destacado face ao romance. Penso que este se tornou o meu preferido até à data devido ao misterioso prólogo, conjugado com a narrativa e a própria história.

O prólogo remota ao ano de 1976, onde presenciamos um tiroteiro entre a polícia e um grupo de terroristas. A acção fica em aberto e a dúvida suscita desde as primeiras páginas. Na actualidade conhecemos Dawson Scott, um jornalista com mazelas psicológicas devido à guerra do Afeganistão, local onde fez uma cobertura jornalística do conflito. Ele é desafiado a investigar o suposto homicídio de Jeremy Wesson e no julgamento conhece Amelia, a viuva de Wesson. 

Creio que um dos factores que fez gostar tanto do livro reside precisamente na personagem de Dawson: a caracterização do protagonista está bastante credível, sendo palpáveis os terrores do pós guerra. Normalmente a autora utiliza personagens femininas, e este livro sobressai por ter um homem como personagem principal.

Além disso e na minha opinião, este título destacou-se dos demais devido a uma conjugação de factores nomeadamente a narrativa que intercala excertos de um diário. A autora coloca, na perspectiva de Flora Stimel, inúmeros relatos angustiantes fazendo com que o leitor não se aperceba da ligação desta subtrama uma vez que houve um salto temporal entre o prólogo e a trama principal. Também creio, como já referi anteriormente, que a trama foi mais rica em suspense e esta foi mais intrincada, tendo ocorrido algumas reviravoltas que eu não esperava de todo.

Nos livros de suspense romântico, um género muito específico que coaduna o romance com a trama de suspense, é expectável que ocorra um envolvimento e claramente que no título em questão o romance entre Amelia e Dawson é previsível. No entanto, agradou-me que o casal se tenha envolvido gradualmente. O efeito foi mais natural e envolvente.

Em suma, este é o livro ideal para os fãs do dito suspense romântico, um género que nem todos apreciam mas que promete leituras leves e simultaneamente empolgantes. E nesta categoria, O Último Minuto foi das melhores leituras que fiz recentemente. 
Da autora este título é indubitavelmente dos melhores.


segunda-feira, 16 de março de 2015

Åsa Larsson - Sacrifício a Moloc [Divulgação Editorial Planeta]


Data de publicação: 18 Março 2015 
  
               Título Original: Till offer åt Molok
               Colecção: Rebecka Martinsson #5
               Preço com IVA: 18,85€
               Páginas: 328
               ISBN: 9789896576240

Åsa Larsson é uma das autoras de romance policial mais reconhecidas do mundo e os livros estão publicados em mais de 16 países. 

Aurora Boreal, Sangue Derramado, A Senda Obscura, e Quando a Tua Ira Passar, os seus anteriores romances, foram um êxito de vendas aclamado pela crítica. O primeiro livro da série vendeu mais de 1 000 000 de exemplares na Suécia. 

A série de Rebecka Martinsson foi incluída na lista das Top Mysteries Every Woman Should Read da famosa apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, que se referiu à protagonista da série como uma «brilhante e credível detective feminina». 

Este novo livro é uma viagem alucinante no caminho mais negro da natureza humana. Destaca-se não só pela crueza mas também pela pureza com que é escrito. O que faz dele um livro belo e cruel. 
A arte narrativa da autora evidencia-se nesta história, que se inicia com um crime brutal impactante e um final arrasador. Tal como nos livros anteriores, a ligação com a natureza está interligada com a história.

Sinopse: Um grupo de caçadores mata um urso nos bosques perto de Kiruna. Quando abrem a barriga do animal, encontram restos humanos entre as vísceras. 
Uns meses mais tarde, encontram uma mulher assassinada em sua casa. Agrediram-na brutalmente com uma forquilha e Marcus, o neto de sete anos desapareceu. Rebecka Martinsson, que no princípio foi destacada para a investigação é retirada do caso. 
Mas há poucas coisas que causem mais indignação que a violência contra uma criança, e Rebecka fica obcecada com o desaparecimento do menino. Por sua conta e risco começa a indagar o assassino da mulher: a morte parece perseguir esta família, e Rebecka não está disposta a permitir que o seu último membro tenha o mesmo destino.

Sobre a autora: Nasceu em Kiruna em 1966; actualmente vive em Mariefred.
Estudou Direito em Uppsala e, tal como a sua personagem Rebecka Martinsson, exerceu durante uns tempos como advogada de direito fiscal. 
Em 2003 publicou o romance Aurora Boreal, e foi-lhe atribuído o Prémio da Associação de Escritores Suecos de Romance Policial para o Melhor Primeiro Romance, sendo adaptado ao cinema. Sangue Derramado também foi galardoado com o Prémio para o Melhor Romance Policial Negro Sueco, assim como A Senda Obscura (2006), ambos publicados pela Planeta. 
Os seus livros têm sido um êxito imediato, obtendo o elogio da crítica e dos leitores nos vários países, sendo já considerada uma das mais importantes representantes do policial escandinavo.

Imprensa
«Diferente da maioria de policiais. Uma narradora superlativa.»
The Independent

«Åsa Larsson possui uma assombrosa e fantástica capacidade para criar cenas capazes de deixar o leitor sem fôlego.» 
Washington Post 

«A alucinante viagem de Åsa Larsson ao lado mais obscuro da natureza humana é perfeito.» 
The Irish Examiner 

 

domingo, 15 de março de 2015

Leif G. W. Persson - Linda Como No Homicídio Linda [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Linda Como no Homicídio Linda é o primeiro livro de uma nova trilogia oriunda da Suécia. Relembro que no ano passado a Bertrand brindou-nos com uma trilogia de exímia qualidade, elevando a fasquia dos policiais nórdicos. Sim, ainda hoje falo da trilogia As Faces de Victoria Bergman, uma série inesquecível e que me fez tecer comparações, ainda que inadvertidamente. E nesta óptica, Linda Como No Homicídio Linda ficou aquém.

O caso de investigação debruça-se sobre o homicídio de uma estudante da academia de polícia, Linda Wallin. Um crime que, por ter implicações sexuais e consequentemente bastante mórbido, teve bastantes pontos interessantes. Contudo, o ritmo é algo moroso. A investigação dispersa-se sob o calor atípico de Julho na Suécia. As descrições dos locais, das influências do calor sobre as personagens e pormenores sobre estas são informações desnecessárias. Não me senti rendida a esta Suécia tão diferente do que costuma ser retratada nos policiais oriundos do mesmo país em que retratam um clima mais frio e uma atmosfera mais tensa.
Além disso, penso que algumas passagens podem ser maçudas. Creio que um policial que se cinja à investigação de um crime não deverá ascender às 500 páginas, salvo certas excepções em que há uma multiplicidade de subtramas. Não é o caso em Linda Como no Homicídio Linda.

No entanto, penso que é consensual, o elemento controverso desta obra reside no protagonista: Evert Bäckström é, de facto, bastante peculiar. É extremamente sarcástico, arrogante, misógino, homofóbico, racista, egocêntrico e algo individualista (só qualidades, não?)
Diria que é impossível sentir empatia por esta personagem. Todavia, a personagem é tão ridícula que protagoniza uma série de passagens que me fizeram rir, algo que é pouco usual na literatura policial. 
Dada a caracterização desta personagem tão extrema a ponto de se tornar insuportável, os restantes pareceram-me um pouco apagados.

Curiosamente após a leitura deste livro fui espreitar o primeiro episódio da série Backstrom (em que o protagonista é precisamente este da obra) e como gostei do que vi, penso que é uma série a acompanhar doravante. Parece-me (a avaliar pelo primeiro episódio) que a série não adapta este livro, apenas usa a personagem para deslindar outros casos, à semelhança da série Rizzolli and Isles.

Em suma, este título é deveras atípico dentro da literatura escandinava. Não foi um dos meus preferidos até à data, confesso, pois impliquei com o ritmo moroso da trama bem como com o protagonista. No entanto, não fiquei indiferente a alguns momentos espirituosos graças às tiradas deste personagem bem como a sua caracterização ímpar nos detectives com que me deparei até hoje.
Fica a dúvida de como será o resto da trilogia. 


segunda-feira, 9 de março de 2015

Colleen McCullough - O Filho Pródigo [Divulgação Editorial Bertrand]


Data de publicação: 13 Março 2015 
  
               Título Original:The Prodigal Son
               Colecção: Carmine Delmonico #4
               Preço com IVA: 17,70€
               Páginas: 328
               ISBN: 9789722528429

Sinopse: Holloman, Connecticut, 1969. Uma toxina letal, extraída do peixe-balão, é roubada de um laboratório na Chubb University. Mata em poucos minutos e não deixa vestígios. Millie Hunter, médica especialista em bioquímica, está preocupada e comunica de imediato o roubo ao seu pai, o médico-legista Patrick O’Donnell. O primo de Patrick, o capitão Carmine Delmonico é rápido a agir quando os corpos se começam a amontoar. Uma morte súbita num jantar seguido de uma outra num evento de gala parecem à primeira vista ligadas apenas pelo veneno e pela presença do médico Jim Hunter, um cientista à beira da grandeza e marido de Millie. O doutor Jim, um negro casado com uma branca, enfrentou escândalos e preconceitos a maior parte da sua vida; o que o levaria a arriscar tudo agora? Estará a ser incriminado pelos homicídios - e, em caso afirmativo, por quem? Carmine e os seus detetives devem seguir a pista através da multidão de excêntricos da cidade universitária, mesmo que isso os conduz para muito perto de casa. 

Sobre a autora: Colleen McCullough nasceu na Austrália em 1937. Começou a sua carreira literária com a publicação de Tim, seguido de Pássaros Feridos, um best-seller internacional que bateu todos os recordes. Ambos foram adaptados ao cinema.
Além dos romances individuais que foi escrevendo, a autora publicou duas séries. O Primeiro Homem de Roma retrata em seis volumes e de forma excepcional a história da Roma Antiga. A série foi elogiada por muitos historiadores e políticos, incluindo Kissinger. Carmine Delmonico» é uma série policial com cinco títulos publicados. A autora morreu em janeiro de 2015, aos 77 anos, na Ilha Norfolk, no Pacífico, onde vivia com o marido.


Anteriormente publicado
 Opinião AQUI

Nic Pizzolatto - Galveston [Resultado do Passatempo]

Com a preciosa colaboração da Editorial Presença, a menina dos policiais tinha um exemplar de Galveston de Nic Pizzolatto para oferecer. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 218 participações válidas, as respostas correctas eram:

1. Que série policial da HBO foi criada por Nic Pizzolatto? True Detective
2. Onde fica Galveston? Texas
3. A que personagem foi diagnosticada uma doença terminal? Roy Cady
4. Este título integra que número da colecção O Fio da Navalha? 116

Note-se que este passatempo tinha uma particularidade facultativa: quem partilhasse o passatempo no Facebook, no seu mural e de forma pública, a participação era duplicada. Assim, quem participaria na posição 1 e cumprisse este requisito, participa com os números 1 e 2. O objectivo era divulgar o blogue aos amigos :)

E após um sorteio no random.org, a vencedora é:

68 - Catarina Passão (Vila Real) 

Parabéns à vencedora!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui
Para mais informações sobre o livro Galveston, clique aqui

  



Nic Pizzolatto - Galveston [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Do criador, argumentista e produtor executivo da série True Detective, chega-nos Galveston, o novo livro a integrar a colecção O Fio da Navalha da Editorial Presença. 
Embora aprecie séries deste género (afinal de contas prezo o policial tanto na literatura como na televisão), confesso que apenas vi o primeiro episódio de True Detective e tendo achado algo moroso, foi uma série que não acompanhei até ao final. Por isso estava sem saber o que esperar desta estreia e, finda a leitura, não consigo estabelecer comparações entre a obra e a série televisiva.

A história centra-se em Roy Cady, um homem a quem foi diagnosticado um cancro já em fase terminal. E é nesta perspectiva que o livro é narrado, apelando, sobretudo, a um poderoso sentimento de redenção, uma sensação que creio ser recorrente quando se enfrenta a morte.

Achei o livro muito sombrio. Relembrou-me, de certa forma, aqueles policiais mais clássicos em que há ajustes de contas dos mafiosos em resposta a vendettas. Geralmente nestas histórias, a violência é abundante em bares e outros locais mais ermos a fim de evitar testemunhas. Ora Galveston não foge à regra.
Por norma, tramas ao estilo de vinganças de agiotas costumam desinteressar-me mas este livro destaca-se devido ao confronto da tragicidade das personagens principais. 
Acredito que o relato da vida da prostituta não deixará nenhum leitor indiferente e intensifica-se quando surge uma nova personagem, a sua irmã Tiffany de apenas três anos.

O livro está bem escrito e os diálogos extremamente interessantes e credíveis, talvez fruto da experiência de Pizzolatto como argumentista. Além disso, o autor recria com mestria, os cenários sombrios e apropriados destes ajustes de contas, sem fugir aos clichés em dois tempos distintos: em 1987 e posteriormente em 2008. 
A história vai muito além de vinganças e ajustes de contas. As personagens são complexas e faz todo o sentido quando, para mim, o verdadeiro suspense reside nos destinos de Roy e Rocky e como os mesmos se irão desenvencilhar dos seus percalços. Creio que se Rocky impressiona pela dura história de vida, Roy emociona o leitor pela caracterização profunda da personagem. Alcóolico e fumador inveterado, inicialmente duro está agora a braços com uma sentença de morte que avizinha para breve.

A acção desenrola-se a um ritmo rápido e o livro lê-se rapidamente também devido ao reduzido número de páginas. Além disso, o final foi bastante intenso e algo inesperado se tivermos a forma como conhecemos Roy Cady.

Para ser sincera, o número 116 de uma das minhas colecções preferidas não foi, para mim, o mais marcante. Contudo, curiosamente, a leitura desta obra deu-me algum alento a prosseguir com a série televisiva True Detective para que possa então comparar a obra Galveston com a outra história da autoria de Pizolatto. 

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quarta-feira, 4 de março de 2015

Carla Lima - O Baloiço Vazio [Opinião]


Sinopse: "Eu deitada na cama, de barriga para cima, com os olhos fechados e os braços cruzados sobre o peito,
- O que estás a fazer?
-Estou a fingir que estou morta
- Porquê?
- Porquê me apetece. Importas-te?
- Mas porquê?
- Porque antes estar morta do que viver assim
- Assim como?
- Numa prisão
- Numa prisão?
-Estou presa a ti
- Estamos presos um ao outro
- Nem a fingir de morta me deixas em paz"

Opinião: Antes de mais, gostaria de endereçar os meus agradecimentos à autora Carla Lima que gentilmente me cedeu um exemplar do seu romance de estreia e que, finda a leitura, coloquei-o na estante dedicada aos autores lusófonos.

A minha percepção inicial deste livro foi muito diferente do que normalmente acontece. Por norma, leio a sinopse que me desperta curiosidade e me prepara, de certa forma, para o conteúdo da história pois relata em linhas gerais o que irei ler. Contudo, neste caso, a sinopse não é muito explícita, é um excerto de um dos muitos (perturbadores) pensamentos da protagonista, Ana que se encontra numa relação abusiva com Bruno. 
A peculiaridade deste livro, a par da sinopse misteriosa, reside na forma como é narrado. Na primeira pessoa, na perspectiva de Ana, a narrativa compõe-se por vários excertos, todos eles vivências da personagem em diferentes alturas da vida e espelhando episódios de infância ou actuais, algo sofridos.

A protagonista feminina relaciona-se romanticamente com Bruno e ao longo das páginas, vamos constantando que ele é algo negligente e ela própria é algo obsessiva (desculpem a redundância), fruto da relação com este misterioso homem.
Na realidade, sabe-se muito pouco sobre as personagens e a caracterização das mesmas é feita por avaliação do leitor a partir das vivências e pensamentos que constituem o livro. Claramente que a protagonista oscila entre o que ela deseja na relação e o que de facto acontece, intensificando a natureza da relação e conferindo quase que uma oscilação entre a racionalidade e a demência.
A trama é composta por um número muito reduzido de personagens e estas têm um papel muito pouco significativo na história, focando a história do casal protagonista.

O Baloiço Vazio é um livro que se li, sensivelmente, numa hora devido à estrutura em diálogo e por conseguinte, mais dinâmica e o reduzido número de páginas. Embora a autora consiga transpor os sentimentos descritos no livro para o leitor, pessoalmente, gostaria de ter visto explanado mais. Não me teria importado de ler mais pormenores sobre esta macabra relação.
Além disso, a autora conseguiu um ambiente tenso e intrigante durante toda a história. A partir do momento em que comecei a ler o livro, acreditem que só o larguei quando terminei.

Em suma, embora tenha gostado da história e principalmente, da forma como está escrita, gostaria de ter lido mais páginas e ter aprofundado mais ainda este conto. Uma verdadeira curta metragem extremamente sensorial.
Resta-me apelar à autora que escreva mais! Eu cá estarei para ler!

Visto que nunca encontrei O Baloiço Vazio nas grandes superfícies comerciais, caso o meu caro leitor tencione enveredar por esta leitura, sugiro que visite a página de facebook da obra aqui

terça-feira, 3 de março de 2015

Tami Hoag - Segredos de Morte [Divulgação Editorial Círculo de Leitores]


Data de publicação: Março 2015 
  
               Título Original: Secrets to the Grave
               Preço com IVA: 15,12€
               Páginas: 496

Sinopse: Sem gota de sangue. Assim é encontrada Marissa Fordham, no chão da cozinha da pacata casa em Pak Knoll. Sobre o corpo enroscou-se a filha, Haley. Ninguém sabe exatamente o que ela viu, quem matou a sua mãe, mas sabem que tem de lidar com a única testemunha do crime com especial cuidado. O detetive Mendez recorre aos serviços da Anne Leone, estudante de psicologia infantil mas a dupla cedo descobre que por detrás da aparente normalidade da vida daquela família se esconde um negro segredo… 

Sobre a autora: Autora norte-americana de grandes bestsellers internacionais, já vendeu 35 milhões de livros no mundo inteiro, traduzidos em 20 línguas. Entrou pela primeira vez na lista de bestsellers do New York Times com a obra Paraíso das Trevas e teve 13 títulos consecutivos nessa lista.

Imprensa
«Os fãs de literatura de mistério vão gostar desta complexa, mas realista, história.»
Kirkus Reviews 


«Uma das mais intensas autoras de suspense da atualidade»
Chicago Tribune



segunda-feira, 2 de março de 2015

Hans Olav Lahlum - Crime Num Quarto Fechado [Divulgação Editorial ASA]


Data de publicação: 17 Março 2015 
  
               Título Original: Menneskefluene
               Colecção: Crime à Hora do Chá
               Preço com IVA: 13,90€
               Páginas: 368
               ISBN: 9789892330358

Sinopse: Num pequeno prédio em Oslo onde todos os moradores se conhecem, dá-se um crime impossível. Harald Olesen é assassinado a tiro na sua sala de estar. A arma não foi encontrada. A divisão estava fechada à chave por dentro, o apartamento vazio. Admirado por todos, Harald era um lendário herói da resistência a Hitler. É difícil imaginar quem terá cometido um crime tão vil. Mais complicado ainda é imaginar como terá sido executado.
O detetive inspetor Kolbjørn Kristiansen (também conhecido como K2) é chamado ao local. À medida que interroga os vizinhos da vítima, K2 começa a desenredar uma teia de mentiras que teme não ter fim. Felizmente, tem uma aliada: Patrícia Borchmann. A jovem está confinada a uma cadeira de rodas mas a sua mente prodigiosa não se detém perante tais limitações. Juntos, são a única esperança de deslindar este enigma aparentemente insolúvel.

Sobre o autor: Hans Olav Lahlum é escritor, historiador, político e jogador de xadrez. Nasceu e vive na Noruega, onde os seus livros policiais protagonizados pelo detetive inspetor Kolbjørn Kristiansen e a precoce Patrícia Borchmann têm vindo a conquistar os leitores e a crítica e lhe valeram comparações com ícones do romance policial clássico como Agatha Christie e Rex Stout. 



Colleen Hoover - Uma Nova Esperança [Divulgação Editorial TopSeller]


Data de publicação: 2 Março 2015 
  
               Título Original: Losing Hope
               Preço com IVA: 17,69€
               Páginas: 304
               ISBN: 9789898800312

Com o intenso romance Um Caso Perdido (Hopeless), a autora Coleen Hoover, que já atingiu o 1.º lugar no top de vendas do New York Times, conseguiu comover e arrebatar as leitoras portuguesas. Agora está de regresso com um novo romance, Uma Nova Esperança (Hope) (Topseller I 304 pp I 17,69€), a continuação da emocionante história de Hope e Holder.

Sinopse: Holder é um adolescente em busca da sua melhor amiga, Hope, a quem voltou costas um dia, há treze anos. O mesmo dia em que ela foi raptada e levada para sempre. Quando uma tragédia envolve a irmã gémea de Holder, Less, a necessidade de encontrar Hope torna-se mais forte do que nunca. Holder sente-se diariamente perseguido por fortes sentimentos de culpa, e os remorsos que sente por não ter conseguido ajudar nem a sua irmã, nem Hope, são devastadores.

Quando um dia, inesperadamente, se cruza com uma rapariga que se parece com Hope, Holder vai fazer tudo para se aproximar dela a fim de reencontrar a paz de que tanto necessita. Mas porque insiste Hope em dizer que se chama Sky e que não o conhece? E, por outro lado, porque sente Holder que esta rapariga, que o rejeita e se tenta afastar, precisa tanto dele quanto ele precisa dela?
Uma Nova Esperança (Hope) narra pela voz de Holder um reencontro que trará memórias há muito esquecidas e que revelará verdades que poderão doer demasiado. Para alcançarem a paz e a felicidade, Holder e Hope terão de encarar a mais dolorosa e íntima das memórias. Conseguirão ambos traçar um caminho juntos após desenterrarem um passado tão difícil? E será o amor de Hope a chave para uma nova esperança na vida de Holder?

Sobre a autora: A autora norte-americana, que antes de se tornar escritora a tempo inteiro vivia numa rulote, ganhava 9 dólares por hora e publicava e-books por carolice, comoveu muitas leitoras com os dez livros que escreveu, incluindo Um Caso Perdido (Hopeless), publicado em Portugal, em 2014, pela Topseller.

Colleen cresceu numa quinta, no Texas, casou-se aos 20 anos e tirou uma licenciatura em Serviço Social. Trabalhou nos Serviços de Proteção a Crianças, antes de voltar aos estudos para concluir a sua formação em Educação Especial e Nutrição Infantil. Vive com o marido e os três filhos à beira de um lago no Texas.

Imprensa
«Colleen Hoover é uma das vozes mais vigorosas da ficção para jovens adultos.»  
Kirkus Reviews
«De vez em quando aparece um livro assim, que nos corta a respiração.»
USA Today 

 
 

Karin Slaughter - Fraturado [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Esqueci-me por completo de escrever sobre um dos melhores livros que li em 2014 (e espero que, com continuação muito esperada neste ano). Fraturado é o segundo livro protagonizado por Will Trent e, ao contrário de Tríptico, a participação da personagem Angie Polaski é bem mais reduzida no caso abordado da presente obra.

O factor que sobressai Fraturado (e Tríptico) das demais obras do género é, indubitavelmente, a caracterização das personagens. Tanto Angie como Will têm passados muito conturbados e enveredaram pela carreira de investigação. 
Na presente narrativa, a autora esmiuça o passado de Will, confrontando-o com uma outra personagem que o conhece do orfanato. As vivências desse tempo tornam-se mais intensas do que na trama antecessora. A autora intensifica a peculiaridade da personagem com o seu problema de dislexia que, à primeira vista, parece incongruente com o facto de ser um dos melhores investigadores do Georgia Bureau of Investigation.

Dado o papel diminuto da agente Angie, na presente obra, o autor emparelha com uma personagem igualmente misteriosa, Faith, que me despertou alguma curiosidade em saber mais sobre a mesma. Será esta mais desenvolvida nos seguintes volumes da série de Will Trent? Ficará a dúvida e a expectativa.

Não consegui ficar indiferente a alguns aspectos que tornaram esta leitura ávida, e consequentemente, ter classificado esta obra com a classificação máxima do Goodreads, 5 estrelas. 
Um dos aspectos que mais gostei neste livro foi o cenário. Grande parte da história tem lugar numa universidade e são explanadas as relações numa residência ou mesmo no campus, trazendo-me boas recordações de quando eu própria era estudante universitária. Bem, exceptuando, claro, a componente criminal. 
O mote da narrativa é um homicídio levado a cabo por uma mãe em autodefesa depois de ver o cadáver da filha. Mas a autora tira-nos o chão quando nos apercebemos que Abigail Campano cometeu um erro. Quero deixar uma ressalva na forma como a autora brilhantemente descreve este cenário de terror logo nas primeiras páginas. Senti-me desconfortável mas curiosa com o que aí viria.
E de facto, esta é a primeira reviravolta de uma trama vertiginosa e pejada de surpresas.

Além disso, a autora envereda novamente por uma escrita gráfica e sombria, aspectos que me agradam muito. As personagens são, novamente, caracterizadas de forma umbrosa e o crime bastante tétrico em conjugação com a narrativa bastante intrigante, proporcionando uma leitura compulsiva.

E mais, a tradução foi feita novamente pelo fantástico autor português de policiais, Pedro Garcia Rosado!

Em suma, Karin Slaughter é uma autora a manter debaixo de olho! Deixo um apelo à editora para que publique, o mais brevemente possível, o terceiro livro da série de Will Trent, Undone.


domingo, 1 de março de 2015

A Estante está mais cheia [Fevereiro 2015]



Mais um mês que termina e mais um post da rúbica: A Estante está mais cheia. Em Fevereiro vieram mais duas estantes cá para casa para ajudar a arrumar mais uns livrinhos mas eu cá desconfio que daqui a uns poucos meses terei o mesmo problema ;) Bem, deixem-me lá ir terminar o livro da Sandra Brown que Março está aí à porta e com ele, mais novidades que quero ler!