quinta-feira, 30 de julho de 2015

A Estante está mais cheia [Julho]


Mais um mês a terminar e um monte de livros novos na estante. Estou felicíssima, claro! No início do mês realizou-se um almoço livrólico e trouxe de ofertas, Amor Cruel, Eleonor & Park, A Morte das Neves e Lealdade Fatal. Obrigada às amigas livrólicas :)
Dado que A Morte das Neves recomendava a leitura de A Morte dos Bosques, no dia seguinte, na feira de Belém, encontrei esse título a 2,50€. Claro que o trouxe comigo!

Vi, há poucos dias, o season finale de Wayward Pines, uma série que tenho gostado tanto que quis também ler os livros a que lhe deram origem. Comprei o primeiro a um preço simpático, o segundo foi oferecido pela Margarida e o terceiro cedido pela Suma de Letras. Grata por três momentos estrondosos de leitura (o primeiro assim o foi)!
Li Segredos Obscuros logo no início do mês, ofertado pela editora à qual endereço os meus agradecimentos. De surpresa e também pela Suma de Letras chegou-me Doce Tortura. Não resisti a comprar o primeiro livro da autora, Não Há Bela Sem Senão por apenas 5€ a um particular.

A um preço extremamente simpático chegaram Fusão (tenho definitivamente que ler Puros), Sem Coração (que se encontra autografado) e Sem Regras. Febre de Nick Louth foi ofertado pela Jacarandá, Roubados de Robert Wilson pela Dom Quixote e o erótico Mais Do Que Sedução pela Quinta Essência. Endereço os meus agradecimentos às editoras parceiras!

É desta! Estou convicta que em Agosto esta rubrica terá apenas a foto do meu repousa pés (ou seja, sem aquisições!)

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Lee Child - Nunca Voltes Atrás [Divulgação Editorial Bertrand]


Data de publicação: 7 Agosto 2015 

               Título Original: Never Go Back
               Preço com IVA: 17,70€
               Páginas: 448
               ISBN: 9789722530422

Sinopse: Na sequência de uma viagem épica e com interrupções pelo caminho desde as neves do Dakota do Sul, Jack Reacher chega finalmente à Virginia. O seu destino é um edifício de pedra que fica a curta distância de Washington D.C., a sede da sua antiga unidade, o MP 110. Foi o mais parecido com um lar que alguma vez teve.
Porquê? Quer encontrar-se com a nova responsável pela unidade, Susan Turner. Gostou da voz dela ao telefone. Mas o oficial que está atrás da antiga secretária de Reacher não é uma mulher. Porque não está Susan Turner ali?
Aquilo de que Reacher não está à espera é o que se segue. Ele próprio está metido num grande sarilho, acusado de um homicídio com uma história de dezasseis anos.
Irá arrepender-se de ter voltado?
Ou será que outra pessoa se irá arrepender?

Sobre o autor: Lee Child é de nacionalidade britânica e divide o tempo entre França e Nova Iorque. Depois de ter sido despedido do emprego na televisão, em Manchester, escreveu o primeiro romance, Killing Floor, em que deu a conhecer Jack Reacher, o herói desprendido e antigo polícia militar. Child é considerado, neste momento, um dos mais conceituados autores de thrillers em todo o mundo. O seu último romance de capa dura, Nothing to Lose atingiu o primeiro lugar na lista de livros mais vendidos do Sunday Times na mesma semana que o novo livro Bad Luck and Trouble em edição de bolso. É publicado em 36 línguas. 
 

Imprensa
«Reacher é matéria de que são feitos os mitos, uma grandiosa fantasia masculina. Um dos heróis da ficção pop mais originais e provocadores. Child faz um trabalho de mestre ao dar vida a esta sua aventura com surpresas intermináveis e um suspense feroz.»
The Washington Post

«Jack Reacher é o James Bond dos nossos dias, um herói de thrillers de quem nunca nos fartamos. Leio todos os livros mal aparecem.»
Ken Follett

«Child é o macho alfa dos escritores de thrillers.»
Booklist

«Todos os livros do Reacher produzem uma descarga no sistema nervosa.»
Kirkus Reviews

«Neste momento, Lee Child é o meu autor de thrillers número 1.»
Ken Follett

«Jack Reacher é o protagonista de série mais fixe por aí.»
Stephen King

«Pode muito bem ser o melhor livro da série para uma ilha deserta. A intriga é excecional. E cheia de loucas surpresas.»
New York Times 


«Diz-se que a cada quatro segundos alguém compra um livro do Jack Reacher algures no mundo … O génio de Lee Child consiste em ter criado um herói durão que os homens invejam e as mulheres adoram.»
Daily Express


sábado, 25 de julho de 2015

Maratona Literária [Crónicas do Gelo e Fogo] - Desafio IV

Uma pilha de livros enorme para ler e uma vontade inexplicável de férias dão nisto: maratona Gelo e Fogo extremamente atrasada. A ver se hoje começo A Glória dos Traidores.

Tardiamente respondo ao Desafio IV, em que a Cláudia pergunta se costumamos comer alguma coisa enquanto lemos e qual a comida/bebida perfeita para acompanhar a série.

Por norma não como enquanto leio (sob o risco de fazer nódoas nos livros). Costumo sim, beber o meu café matinal enquanto percorro algumas linhas da corrente leitura. Parece que não aprendo! É que tenho um livro na minha biblioteca manchado de café. É A Biblioteca da Morte do Glenn Cooper.
Também tenho por hábito beber chá no Inverno ou coisas mais fresquinhas no Verão como os meus home made granizados de café. Creio que torna a leitura mais aconchegante...



Para esta série em particular, pejada de mortes, talvez acompanharia com umas gomas ou uns marshmallows... Tentava, desta forma, adoçar os (imensos) momentos tensos que a saga proporciona.

Donna Tartt - A História Secreta [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Depois de ter lido O Pintassilgo no ano passado, tive conhecimento que o magnus opus da autora era a sua obra de estreia, A História Secreta, um livro que fora publicado em Portugal mas já estava esgotado. Eis que a Editorial Presença republicou a obra em Junho, tendo-ma oferecido num evento da Feira do Livro de Lisboa.

Numa iniciativa de leitura conjunta promovida pela editora, li A História Secreta juntamente com outros leitores que foram deixando alguns pareceres sobre a obra, havendo inclusivé uma página de Facebook associada ao evento.
Para melhorar o entrosamento entre leitores, a editora decidiu estipular prazos para a leitura de determinados capítulos. Face às circunstâncias, para não me adiantar demasiado, fui parando a leitura de A História Secreta, intercalando com outros livros. Estas paragens, a meu ver, terão sido algo prejudiciais na medida em que a leitura deste livro deve ser corrida, de forma a desfrutar da mesma. Desse modo, retomar a leitura desta história não foi fácil dado que Donna Tartt tem uma escrita bastante peculiar, rica em pormenores tal como constatei quando li O Pintassilgo.

Daí que a minha opinião seja algo ambígua: sim, gostei do livro e da história em si mas por norma opto por livros mais ricos em acção ao passo que a pormenorização de Tartt leva a uma morosidade no ritmo da trama.

Também por ter lido O Pintassilgo, inconscientemente fui estabelecendo comparações entre os dois livros. Entre Richard Papen, narrador e protagonista de A História Secreta e Theo Decker da obra que li anteriormente, senti uma maior empatia pelo pequeno Theo, talvez explicada pela tenra idade do mesmo e das vivências que foi experienciando ao longo da sua vida.
Já o protagonista do presente livro, Richard, é um adolescente que vai frequentar a universidade de Hampden num curso relacionado com a Cultura Grega. Ele vem de uma família de classe baixa e o seu relacionamento com os pais é distante, contrastando com o nível mais elevado dos estudantes com quem se irá relacionar: um grupo bastante restrito e com afinidades pela cultura helénica.

O prólogo é bastante elucidativo em relação a um dos pontos altos da história: a morte de uma das personagens centrais da história, deixando antever que os outros amigos estarão, de alguma forma, envolvidos. A acção retrocede alguns meses para explicar as circunstâncias daquele acontecimento.
Diria que o crime é apenas um dos pontos fortes pois na minha opinião, o livro vai muito além deste,  explorando a intrincada teia de relacionamentos entre os jovens universitários: os gémeos Charles e Camilla, Henry, Francis, Bunny e Richard.
A trama baseia-se sobretudo nas consequências irreflectidas de actos inconscientes, tão próprios dos adolescentes e deste grupo em particular que tem um estilo de vida dionisíaco. Creio que a autora faz um retrato bastante fidedigno da descompensação emocional e psicológica destas cinco personagens, que se intensifica após o crime bem como o trato das condicionantes morais decorrentes do acontecimento.

É-me muito difícil abordar o que, para mim, definitivamente fere as susceptibilidades sem fazer spoilers e que se relaciona com dois membros desse grupo em particular. Esta relação chocante, que já vi retratada em inúmeras obras literárias mas ainda assim faz-me imensa confusão, toma contornos ainda mais assombrosos quando é toldada pelo efeito de drogas e bebida.

Apesar da trama abordar um estilo de vida muito libertino, simultâneamente também é bastante erudita dado que o livro é riquíssimo em citações alusivas a textos gregos e outras obras que com o tempo se tornaram clássicos de literatura.

Em suma, apesar de ter gostado da essência de A História Secreta (afinal de contas aprecio sempre um bom crime) creio que é uma obra com um ritmo lento e parca em reviravoltas, não me tendo surpreendido particularmente.

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui
Para mais informações sobre o livro A História Secreta, clique aqui

 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Rebecca James - Doce Tortura [Divulgação Suma de Letras]


Data de publicação: 5 Agosto 2015 

               Título Original: Sweet Damage
               Preço com IVA: 16,70€
               Páginas: 384
               ISBN: 9789898775436

Sinopse: Quando Tim Ellison encontra um quarto barato para alugar num dos melhores locais de Sydney, parece um golpe de sorte: estará perto do restaurante onde trabalha e ainda mais perto do seu lugar preferido para praticar surf. Mas há uma condição para que possa arrendar o quarto:
Tim terá de fazer todos os recados à misteriosa dona do quarto, uma mulher muito reservada e pouco amistosa, que nunca abandona a casa.

Tim esforça-se cada vez mais por conhecer melhor a figura inquietante de Anna. A principio muito reservada, ela começa a revelar-se aos poucos: a sua história, a sua tristeza, os seus medos paralisantes.
É então que começam a acontecer coisas estranhas na casa: golpes a meio da noite, figuras inexplicáveis nas sombras, mensagens sinistras nas paredes. Tim assusta-se
porque, ao mesmo tempo que o seu desconforto em relação àquela casa vai
aumentando, crescem também os seus sentimentos pela bela e misteriosa dona da
casa.

Que tipo de pessoa será Anna London: alguém que merece compaixão, alguém para amar ou alguém para temer?

Sobre a autora:  Rebecca James nasceu em Sydney em 1970. Durante a infância e a juventude, viveu em varias cidades da Austrália, incluindo Bourke, Sydney, Wellington e Bathurst.
Já trabalhou como empregada de mesa, operadora numa central de taxis e professora de Inglês na Indonésia e no Japão, Neste momento, vive na Austrália com o marido e os quatro filhos. O seu primeiro Iivro, Não Há Bela Sem Senão, está publicado na Suma de Letras . Doce Tortura é o seu segundo romance.


Imprensa
«Um livro cheio de surpresas. As personagens são fascinantes e, ao mesmo tempo, suficientemente horríveis para nos manterem presos à necessidade de virar as páginas.»
Booklist

«Rebecca James tece uma história envolvente e bem estruturada. A tensão e o suspense criam-se de forma quase imperceptível.»
Crime Review 


«Com toques do clássico Rebecca de Daphne du Maurier a assombrar o romance, misturados com questões sociais, sexuais e de identidade.»
Booktrust

«À medida que os sentimentos entre Tim e Anna se intensificam, assim como os acontecimentos estranhos dentro da casa, acontece o mesmo com a vontade de virar as páginas do romance e descobrir o que acontece a seguir.»
All You

«Rebecca James é particularmente boa a criar uma atmosfera de intriga em que a casa quase se transforma numa personagem.»
WriteNoteReviews


 

Jeff Abbott - Beijo Fatal [Opinião]

 

Sinopse: AQUI

Opinião do Ricardo: Beijo Fatal: é o mais recente lançamento em Portugal do escritor norte-americano Jeff Abbott e o primeiro de uma série protagonizada por Whit Mosley, juiz de paz do condado de Encina no estado do Texas. 

Nesta obra narrada através da figura de narrador omnisciente, tomamos conhecimento da morte de Pete Hubble, a ovelha negra de uma poderosa família texana que se tornou estrela de filmes para adultos. Neste contexto a hipótese de suicídio surge, desde logo, como a causa mais plausível para a morte de Hubble, contudo, quer o juiz Mosley, quer a inspectora Cláudia Salazar necessitam de provas concludentes que apontem nesse sentido. À medida que ambos investigam vão levantando o véu sobre as manobras que têm lugar nos bastidores da vida política e também sobre os meandros das organizações mafiosas, numa série de acontecimentos que se vão desenrolando em catadupa até um desfecho inesperado e surpreendente.

Senhor de uma escrita fluída, sem rodeios nem floreados e plena de acção, Jeff Abbott consegue prender-nos da primeira até à última página enredando-nos numa complexa teia de relações humanas e mantendo-nos em suspense até final.
Para esta fluidez contribui, sem dúvida, a narração que descreve simultaneamente a acção dos protagonistas, bem como a do próprio assassino cujas movimentações vamos acompanhando, tomando apenas conhecimento da sua alcunha, pois apenas nos capítulos finais é que ficamos a descobrir a verdadeira identidade do mesmo. Estas narrações simultâneas permitem manter elevados os níveis de acção, mesmo nos momentos mais calmos de um dos protagonistas.

As personagens, longe de serem super-heróis, revelam aspectos hiper-realistas, fragilidades humanas, tensões, dúvidas, sendo possível a qualquer leitor identificar-se com as mesmas. O facto de a narrativa ter lugar numa pequena cidade do Texas, fazendo como que grande parte das personagens se conheçam entre si (como é normal acontecer nas pequenas cidades) vai contribuir também para a intrincada teia de segredos que cada personagem esconde mas que vai sendo, lentamente, revelada.

Em suma, a complexidade da trama faz com que a dada altura o leitor comece a suspeitar de toda a gente, acabando por ser surpreendido pela revelação do assassino, bem como outras surpresas e reviravoltas presentes nas últimas páginas. É um thriller emocionante e, por vezes, vertiginoso, que fará delirar, sem dúvidas, todos os fãs do género.

domingo, 19 de julho de 2015

Blake Crouch - Wayward Pines Paraíso [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Sou grande fã da série Wayward Pines protagonizada por Matt Dillon. Não há muitas séries que me prendam a ponto de ver avidamente os episódios disponíveis e ficar na expectativa de que sejam emitidos os próximos.

Apesar de saber, em linhas gerais, o que conta a história de Wayward Pines, a leitura do primeiro volume trouxe, ainda assim, algumas surpresas que se traduzem em pequenos aspectos do enredo que estão diferentes da adaptação televisiva. Entre esta e o livro não consigo eleger a minha preferida embora deva reconhecer que alguns aspectos me soaram mais naturais na série.
Não obstante, creio que M. Night Shyamalan (realizador de O Sexto Sentido) conseguiu transportar na perfeição aquele ambiente duvidoso que se instala gradualmente no vilarejo.

Tenho para mim que Blake Crouch, altamente influenciado por Twin Peaks segundo o mesmo, foi bastante inovador, tendo escrito uma trilogia que consubstancia o equilíbrio entre o terror, o thriller, a distopia e o sci-fi.
A combinação de um local paradisíaco com o fenómeno do Big Brother dá azo a uma narrativa bastante original e interessante. É um livro intrigante se bem que, e não querendo entrar em pormenores, a componente do sci-fi não me convenceu totalmente.

Wayward Pines é um livro de rápida leitura. A escrita do autor é simples e organizada em frases curtas, talvez para intensificar o crescendo dos acontecimentos e simultâneamente pejada de diálogos.

As personagens são, em regra geral, de cariz duvidoso coadunando-se com o mistério daquele vilarejo que se auto intitula como o paraíso na Terra. Note-se que a caracterização das mesmas também difere da série para o livro, nomeadamente o xerife Pope. Dada a complexidade do enredo, o leitor poderá dar por si a duvidar da sanidade de Ethan Burke, o protagonista.

Apesar da história ter contornos que não são de todo verossímeis, a trama acaba por ser uma crítica aos ideais anarquistas pois acaba, de forma implícita, deixar um alerta sobre as consequências que acarretariam o não cumprimento das normas que regem a vida em sociedade.

Na minha opinião, o final da presente obra foi algo abrupto e levanta algumas pontas soltas que serão, certamente, explicadas nos volumes sucessores. O facto de o final ter sido deixado em aberto eleva as expectativas para a próxima incursão a Wayward Pines.

Em suma, um livro bastante interessante que mostra uma outra perspectiva da história.


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Gillian Flynn - Objetos Cortantes [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Esta foi uma releitura feita com tanto entusiasmo quanto a primeira vez que li a obra (publicada pela extinta editora Gótica em 2007) ainda o blogue não era "nascido". A classificação do livro no Goodreads mantém-se: 5 estrelas para a obra de estreia de Gillian Flynn.
Agora tendo a perspectiva de ter lido a bibliografia da autora, tenho para mim que Objetos Cortantes supera as suas obras sucessoras, Lugares Escuros e o seu magnum opus, Em Parte Incerta.
Creio, no entanto, que a minha opinião pessoal não será de todo consensual. Esta obra é demasiado distorcida e obscura e vai ao encontro dos meus peculiares gostos mórbidos.

Uma particularidade que notei nas obras de Flynn é a forma como a autora desenvolve as personagens de uma maneira repulsiva. Nesta obra voltei a sentir o mesmo. Não houve uma única personagem por quem sentisse uma particular afinidade, nem muito menos por Camille, a narradora da história.  
Recordo-me das personagens de Amy (Em Parte Incerta) e de Libby (Lugares Escuros) e no quão perturbadoras estas eram. Camille Preaker não foge à regra. É uma personagem extremamente depressiva, cujo passado foi pautado por graves perturbações mentais que lhe valeram uma estadia num hospital psiquiátrico. Agora reabilitada, Camille volta à cidade natal para escrever sobre os homicídios de contornos extremamente macabros de duas crianças.

As personagens secundárias, com especial ênfase na mãe e na meia irmã de Camille, são de cariz maquiavélico, protagonizando algumas passagens bizarras.

À semelhança de Em Parte Incerta, Objetos Cortantes debruça-se sobre uma relação, a de mãe e filha, numa perspectiva doentia. Este relacionamento acaba, a meu ver, por ter tanto interesse quanto o desvendar do caso das meninas mortas. Se ler sobre uma relação abusiva já é suficientemente desconfortável, esta sensação é mais intensa quando se aborda o tema da automutilação.

De atmosfera intoxicante, é uma trama cuja leitura se pautou por uma ambiguidade: se por um lado estava vidrada com a história, por outro, as sucessivas passagens desconfortáveis causaram um mau estar a ponto de querer pausar a leitura. Todavia, como sabem, é dos livros macabros que mais aprecio. E este é um thriller psicológico que, volto a reforçar, é muito tenso, pesado e perturbador.
Uma anotação para o desfecho. Já me tinha passado pela cabeça durante a leitura mas posteriormente deixei-me levar pela autora pelo que foi um verdadeiro choque aquele final!

Uma obra intensa que é de puro horror. Reli-a no fim de semana e não me saiu da cabeça desde então. Muito bom!


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Blake Crouch - Wayward Pines: Caos [Divulgação Editorial Suma de Letras]


Data de publicação: 15 Julho 2015 

               Preço com IVA: 16,90€
               Colecção: Wayward Pines #3
               Páginas: 352
               ISBN: 9789898775559

Sinopse: Passaram três semanas desde que Ethan Burke chegou a Wayward Pines. Os residentes desta cidade não comandam as suas vidas. Mas Ethan descobriu o surpreendente segredo do que existe além da cerca eletrificada que rodeia Wayward Pines e que a protege do assustador mundo exterior. O último volume da trilogia Wayward Pines - agora também série de sucesso na Fox - vai mantê-lo preso até à última página.

Sobre o autor: Blake Crouch, um dos novos escritores-estrela de thrillers americano, nasceu na Carolina do Norte em 1978. Licenciou-se em Inglês e Escrita Criativa e cinco anos depois já tinha editado dois romances. Desde então publicou mais oito romances, além de novelas, contos e artigos. Muitas das suas obras foram compradas para adaptação ao cinema, nomeadamente o último romance que será transposto ao grande ecrã e publicado pela Suma de Letras.


domingo, 12 de julho de 2015

Hjorth & Rosenfeldt - Segredos Obscuros [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Senti-me deveras curiosa quando comecei a ver fragmentos de fotografias alusivas a um livro na página de Facebook da Suma de Letras que foram sucedidos por vários posts contendo frases enigmáticas.  A minha curiosidade espicaçou ainda mais perante a premissa do livro: "um jovem de 16 anos, morto, a quem lhe foi arrancado o coração na cidade de Västerås, Suécia". 
É óbvio que, como fã acérrima dos policiais nórdicos, esperei ansiosamente pelo lançamento desta obra.

Recordo-me vagamente da minha conversa com Erik Axl Sund, durante a qual os autores me explicaram que, no contexto da literatura policial escandinava, não eram pioneiros na escrita a duas mãos, exemplificando com alguns nomes, entre os quais a dupla Hjorth e Rosenfeldt. Além disso, vim a descobrir que Rosenfeldt é o criador de uma das minhas séries preferidas, Bron/Broen.
Todo este background foi motivo, mais do que suficiente, para ficar radiante com a publicação da saga de Sebastian Bergman aqui também em Portugal e, a avaliar pelo primeiro livro, é uma série para seguir com a máxima atenção.

Alguns seguidores do blogue têm-me inquirido, ultimamente, sobre esta obra e aos quais tenho respondido que Segredos Obscuros é um policial nórdico de qualidade quando comparado com os seus congéneres. Com isto quero dizer que está repleto de personagens complexas, que oscilam entre os seus dilemas pessoais e o profissionalismo em deslindar o culpado da morte, no caso em apreço, de Roger Eriksson, um jovem de 16 anos que é assassinado impiedosamente. Os contornos desta morte são macabros pois envolvem uma profanação post-mortem, designadamente a remoção do coração. E, por fim, existe um equilíbrio entre os pormenores técnicos de uma investigação criminal e os tradicionais métodos de interrogatório. Neste livro, esta ultima componente assume um maior interesse, a meu ver, dada a tenra idade da vítima e o ambiente sócio-económico em que a mesma se inseria.

Não obstante outros aspectos, o que mais apreciei na obra foi, sem dúvida, o protagonista Sebastian Bergman. Acaba por ser atípico que este não seja um inspector mas sim um psicólogo criminal.
De carácter amargurado em consequência da perda da sua família aquando do tsunami na Tailândia em 2004 (e aqui notamos um elemento factual, na medida em que o mesmo ocorreu na realidade), Sebastian vai colaborar com a polícia e consegue, de certa forma, descortinar alguns mecanismos mentais de um homicida. Curiosamente este é apelidado pelo narrador como "o homem que não é um assassino", evidenciando a negação como um mecanismo recorrente em todos os que procuram uma desculpabilização ou desresponsabilização pelos seus actos.
Confesso que este tema me recordou alguma da matéria de Psicologia que tive oportunidade de estudar no meu 12º ano, sendo que, dentro dessa área o que mais me fascina é, precisamente, a psicologia criminal.

A par destes factos, sempre gostei de tramas que se desenvolvem a partir de um punhado de segredos, cujas revelações vão surgindo em catadupa não deixando de surpreender o leitor. Segredos Obscuros é pois um perfeito exemplo do quão bem funciona esta fórmula. Sabemos de antemão que a adolescência é uma fase algo tumultuosa e dada a segredos obscuros, como o próprio título indica, tornando a leitura bastante estimulante como se de uma verdadeira investigação se tratasse.

Em suma, Segredos Obscuros proporcionou-me uma leitura ávida, em pouquíssimos dias e uma vontade inexplicável de ler os seguintes volumes da série. A obra ofereceu-me um punhado de personagens tortuosas e um crime intrincado com contornos bastante intrigantes. Ahhh! E também uma viagem à Suécia sem sair de casa.
Recomendo vivamente esta obra. Os fãs de policiais escandinavos irão delirar!



sexta-feira, 10 de julho de 2015

The Detection Club - Quem Matou o Almirante [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião do Ricardo: O desafio consistiu em ler um policial clássico, contudo, deparamo-nos com um clássico, de certa forma, atípico, na medida em que o mesmo foi escrito por vários autores, autores esses que constituíam The Detection Club. 

Segundo pude apurar, no prefácio da presente obra, da autoria de Simon Brett, o actual presidente deste clube, The Detection Club foi fundado em 1930 por vários escritores britânicos que, de um modo geral, se dedicavam à escrita do género policial, incluindo alguns nomes mais sonantes como Agatha Christie, Dorothy Sayers ou G. K. Chesterton, tendo este último sido o presidente fundador.
As actividades do clube iam desde as meras tertúlias, até à elaboração conjunta de contos policiais, tendo a obra, Quem Matou o Almirante, publicada em Dezembro de 1931, sido uma das primeiras obras resultantes dessa colaboração entre membros do clube.

No aludido prefácio tomamos, desde logo, conhecimento dos estatutos do clube conforme foram decididos em 1930, os quais indicam que, todo o crime deverá ser resolvido sem recurso a qualquer artifício, recorrendo-se unicamente à lógica, o que, convenhamos, é um claro estereótipo presente na denominada literatura policial clássica. Apercebemo-nos que este clube não se coibia de sublinhar esse estereótipo, como o tornava obrigatório em todas as obras que fossem publicadas sob a sua chancela.

Feita esta primeira análise, partimos então para a leitura da obra com um prólogo, da autoria do primeiro presidente do clube, G.K. Chesterton, seguido de doze capítulos escritos por treze membros do clube, isto porque, o segundo capítulo foi escrito a meias do G.D.H. Cole e Margaret Cole, um casal de escritores.
Cremos que um dos desafios desta leitura prende-se com o facto de termos, em cada capítulo, uma forma diferente de escrever e isso pode-se reflectir na própria leitura. Desse ponto de vista, podemos afirmar que os capítulos escritos por Agatha Christie e Dorothy Sayers, bem como o capítulo final da autoria de Anthony Berkeley foram lidos muito mais rapidamente do que, por exemplo, o capítulo escrito por Ronald Knox, mas, tal facto será uma necessária consequência de uma obra colectiva.

Ao longo da obra travamos então conhecimento com o caso, a morte do almirante Penistone na pacata vila costeira de Whynmouth, cujo corpo é descoberto dentro de um barco à deriva no rio Whyn. O inspector Rudge, da polícia local, é então encarregue do caso e à boa maneira clássica, este inspector, vai seguir o modelo tradicional de investigação através de interrogatórios às pessoas que, de uma forma ou de outra, privaram com a vítima, seguindo algumas pistas falsas, outras verdadeiras, até chegar à conclusão final e ao necessário desfecho que consubstancia o climax da obra.

Sem quaisquer laivos de contemporaneidade (por tal entenda-se tudo o que implique uma investigação do foro laboratorial), Quem matou o almirante é, sem dúvida, um polícial clássico na verdadeira acepção da palavra. Por aqui ainda predomina a tradicional formulação do problema centrada no who done it? ou seja, na descoberta do autor do homicídio, assistindo-se a uma secundarização do why done it?
 
Recuperando um pouco da árvore genealógica da ficção policial, considera-se o período entre as décadas de 1920 e 1950, como a idade de ouro do who done it? antes da complexificação do género policial e da passagem para a ribalta do why done it? que se mantém como peça fulcral na literatura policial contemporânea.

Chamamos ainda a atenção para o final da obra onde cada um dos autores envolvidos, apresenta o seu próprio final alternativo ao que foi decidido por Anthony Berkeley , sendo de destacar o final alternativo de Agatha Christie, bastante inovador e ousado para a época, bem como o final alternativo de Dorothy Sayers, muito pormenorizado e surpreendente.

De um modo geral, é uma leitura fácil para quem gosta de literatura clássica ou, para quem está habituado à literatura policial, embora a obra em questão seja parca em terminologia criminal ou forense. Pelo motivo já explanado, da diversidade de autores, é possível que alguns capítulos sejam de leitura mais rápida do que outros.


Katherine Rundell - Rooftoppers, Os Vagabundos dos Telhados [Opinião]


Sinopse:  Sophie é resgatada por Charles Maxim das águas do Canal da Mancha, após o barco em que viajava ter sofrido um naufrágio. Sozinha no mundo, a criança não terá mais de um ano e fica a viver em Londres sob a tutela provisória de Charles, que a ama e educa como uma filha de verdade. Sophie cresce na esperança de vir encontrar a mãe, perdida no naufrágio. Mas cresce também num misto de felicidade e angústia, pelo receio de um dia ser forçada a ir para um orfanato.
E é naquela esperança, que no amor funde a irracionalidade da crença com a audácia e a astúcia da vontade, que chegado esse dia, Charles e Sophie decidem que há só uma saída: fugir de Londres e ir para Paris, à “caça” da mãe.
É aqui que Sophie conhece os vagabundos dos telhados e os torna cúmplices leais da sua aventura. É uma história de amor e de afetos, de laços de amizade e cumplicidade, de medos, angústias, sacrifícios, de hesitações e coragem, de argúcia e destreza. Dá voz aos mais pequenos e aos ignorados e marginalizados da sociedade. Os atos mais simples são os mais generosos, e a bondade é uma virtude relembrada a cada som que a música, sempre a música de um violoncelo, vai ecoando ao longo das páginas, por cima dos telhados.
E é uma história sobre a mãe. E sobre a filha. E sobre um homem que, não sendo pai, foi o melhor pai de sempre.

Opinião: Estou actualmente a ler um livro cuja trama é algo densa e precisava de intercalar com algo leve e convidativo à leitura. Olhei para a minha mesinha de cabeceira e lá estava Rooftoppers, um livro com poucas páginas e mais juvenil. Um livro que nunca tinha equacionado ler mas em boa hora o fiz. De leitura fácil e pejada de ensinamentos e mensagens maravilhosas, li a obra na íntegra no domingo passado.

Numa primeira análise, este livro recordou-me um pouco uns desenhos animados que vi em criança sobre um menino de seu nome Marco cuja história girava em torno da constante procura pela sua mãe. No entanto, em Rooftoppers, esta busca pela progenitora é feita num cenário mais fantasioso. Embora a acção se passe maioritariamente em Paris, há elementos na narrativa de cariz imaginário, designadamente as crianças que são os vagabundos do telhado.

Como os meus caros seguidores sabem, normalmente opto por leituras mais pesadas e soturnas, pelo que é muito raro terminar uma leitura com um sorriso e uma sensação de bem estar como Rofftoppers me deixou. 
No decorrer da leitura senti-me genuinamente cativada em vários aspectos. É inexplicável a forma como o livro me tocou logo nas primeiras páginas, altura em que Charles Maxim acolhe a pequena Sophie e lhe incute uma educação pouca ortodoxa, provando que o afecto por uma criança vale tudo. Infelizmente, Charles acaba por ser notificado que Sophie ser-lhe-á retirada e é tão palpável o desespero deste pai do coração que dei por mim a fazer uma analogia com a nossa sociedade onde amiúde se considera que uma família monoparental não é uma solução para o bem estar de uma criança, infelizmente.
Este livro prova-nos que os laços afectivos podem ser tão fortes quanto os biológicos. Daí que achei deveras ternurenta a relação estabelecida entre pai e filha, ainda que este seja um relacionamento parental não biológico. 

A narrativa desenvolve-se posteriormente em Paris, local onde as personagens reúnem os seus esforços para encontrar a mãe de Sophie. É neste cenário que a protagonista tem contacto com Matteo, um menino que (sobre)vive nos telhados. Creio que o personagem masculino representa uma subtil crítica social no que concerne à população sem abrigo que pulula pelas grandes cidades.

A história, assente sobre uma premissa já comum (a busca de um filho pela mãe), penso que se esbate um pouco face à grandiosidade das personagens, pois esta obra, na minha opinião, torna-se marcante exactamente devido às personagens que são maravilhosas.

Saí da minha zona de conforto para sonhar durante umas horas. Esta é, literalmente, uma obra bonita e adequada para crianças e adultos. Não é o meu tipo de livro mas soube-me bem esta leitura!


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Matthew Quirk - A Diretiva [Divulgação Editorial Porto Editora]



Data de publicação: 16 Julho 2015

               Título Original: The Directive
               Tradução: José Vieira de Lima
               Preço com IVA: 16,60€ 
               Páginas: 336
               ISBN:  9789720047670

A Porto Editora publica, a 16 de julho, A Diretiva, um romance hipnotizante de Matthew Quirk que transporta o leitor para os meandros da corrupção de Wall Street e que, de acordo com a Kirkus Reviews, «tem ação suficiente para três livros».
Nesta trepidante sequela de Os 500, publicado no ano passado pela Porto Editora e considerado por Jeff Abbott «uma obra fascinante, de leitura voraz, na mesma linha de A Firma, de John Grisham», Matthew Quirk confirma-se como uma das vozes mais originais do thriller político. Aqui, o protagonista Mike Ford é obrigado a escolher entre uma vida honesta e a vida do irmão. Para o salvar, terá de fazer o golpe de uma vida: roubar a diretiva do Banco da Reserva Federal de Nova Iorque, que controla os mercados de todo o mundo.

Sinopse: Mike Ford alcançou o sonho americano. Depois de ter finalmente entrado nos eixos, a vida sorri-lhe. Tem uma noiva fantástica, uma casa soberba e o seu próprio negócio. Mais importante, conseguiu-o de uma forma honesta. Porém, enquanto decorrem os preparativos do casamento, não pode deixar de sentir uma certa nostalgia pela vida emocionante que está prestes a deixar para trás. 
É então que o irmão Jack volta a entrar em cena.
Enredado numa poderosa teia conspirativa para roubar segredos no valor de biliões de dólares da mesa de negociações do Banco da Reserva Federal de Nova Iorque – e obrigado a escolher entre uma vida honesta e a vida do irmão –, Mike Ford mergulha no passado criminoso e alia-se a velhos contactos, num perigoso jogo decorrupção e poder contra os tubarões de Wall Street. A parada é elevada, os riscos ainda maiores. E a recompensa?

Sobre o autor: Matthew Quirk estudou História e Literatura na Universidade de Harvard. Após a licenciatura, trabalhou durante cinco anos na conceituada revista The Atlantic, onde fez reportagem criminal e escreveu artigos sobre a indústria militar privada, o tráfico de ópio, terrorismo e gangues internacionais. É autor de Os 500, já publicado pela Porto Editora, que foi nomeado para o Edgar Award e agraciado com o International Thriller Writers’ and Strand Critics Award, para melhor romance.
Visite o site do autor em www.matthewquirk.com

Leia aqui as primeiras páginas

Imprensa
«Com um enredo cativante [...], este livro lê-se de um fôlego e atrairá não só os fãs do género, mas todos os que procurem uma leitura envolvente e divertida.»
Library Journal

«Uma verdadeira montanha-russa [...] A escrita de Quirk é de tal forma acutilante que só poderia vir da pena de um jornalista, um detetive ou um espião.»
Forbes

«Uma fantástica sequela para um livro soberbo.»
The Cleveland Plain Dealer

«Quirk tem nas mãos mais um bestseller.»
Booklist

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Robert Wilson - Roubados [Divulgação Editorial Dom Quixote]


Data de publicação: 28 Julho 2015 
  
               Título Original: Stealing People
               Colecção: Charlie Boxer #3
               Preço com IVA: 18,90€
               Páginas: 464
               ISBN: 9789722057936

Sinopse: Londres, janeiro de 2014. No espaço de 32 horas, seis crianças,  filhos e filhas da elite internacional são raptadas das ruas da capital quase sem deixar rasto.
A polícia destacou a sua melhor equipa para o caso dos raptos – incluindo Mercy, a ex-mulher de Boxer –, todavia um acontecimento daquele calibre significa que também a CIA, o MI5 e o negociador privado dos pais quererão estar envolvidos. Contudo, descobrir a identidade dos raptores, de que forma possuem a capacidade e os recursos necessários para raptarem algumas das mais bem guardadas pessoas do país e aquilo que desejam realmente, todas são questões cuja resposta pode ter um preço demasiado alto.
À medida que os acontecimentos se vão tornando cada vez mais pessoais para Boxer e Mercy, e para conseguir aproximar-se da verdade, o par será obrigado a atravessar a fronteira entre o profissionalismo e a vingança e a investigar os segredos mais negros escondidos pelas agências secretas.

Para mais informações sobre o livro Roubados, clique aqui 


terça-feira, 7 de julho de 2015

Camilla Läckberg - O Olhar dos Inocentes [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: O Olhar dos Inocentes é o oitavo livro da saga protagonizada por Erica Falck e Patrik Hedström, uma série que sigo atentamente desde que foi publicado o livro A Princesa de Gelo em 2009 e da qual me assumo fã acérrima.

Embora com um fio condutor desde o início da série que se traduz pela evolução do relacionamento entre os protagonistas, todos os casos de investigação, até então, se debruçam sobre acontecimentos independentes. Contudo, como já referi em outras opiniões de livros da autora, creio que é uma série que tem um especial interesse se acompanhada desde o primeiro volume.

Em O Olhar dos Inocentes, a investigação prende-se com Ebba, uma mulher que retorna à ilha onde viveu em bebé até ao fatídico dia da Páscoa de 1974 quando toda a sua família subitamente desaparece de casa. A par deste caso, à partida insolúvel, creio que a trama é bastante envolvente devido aos dramas familiares das personagens. Se nos dois livros anteriores, senti alguma compaixão por Anna, irmã da protagonista, na presente trama uma outra personagem secundária está a braços com um dilema delicado. Na minha opinião, a componente pessoal das personagens é tão interessante e cativante quanto a investigação policial.

Esta obra segue os moldes das anteriores, desenrolando-se sobre duas fases distintas: uma acção que se passa na actualidade e uma outra que remota, neste caso em particular, ao ano de 1908. As duas subnarrativas fascinaram-me muito. A subtrama que tem lugar no período de 1908 até a 1974 relata três gerações de mulheres e é verdadeiramente apaixonante acompanhar as suas vidas e descobrir a ligação das mesmas com Ebba.
Achei estimulante que a autora tenha ficcionado as consequências da ida à Suécia de um militar alemão, que efectivamente existiu e que esteve ligado às altas esferas nazis, numa história paralela tão entusiasmante quanto o próprio caso.

Li rapidamente O Olhar dos Inocentes, como é habitual com as obras da autora. O entrosamento das narrativas é feito inteligentemente de forma a manter o suspense.
É-me muito difícil enumerar mais qualidades neste livro quando já realcei as mesmas em obras anteriores da autora. Na minha opinião, a série não perde qualidade, antes pelo contrário, fico ainda mais ansiosa por saber o destino das personagens que me acompanham há oito livros. Fiquei rendida em todos!

Posso afirmar que em síntese, O Olhar dos Inocentes é uma trama intrincada e repleta de personagens cativantes. Um livro que se lê num ápice, tendo-o lido em três dias.
Posto isto, classifiquei o livro com 5 estrelas no Goodreads. A minha crítica? Verifiquei que existe o 9º livro apenas em sueco. Ora as nossas traduções são feitas a partir do inglês, receio ter de esperar mais de um moroso ano por um novo livro de Camilla Läckberg.


domingo, 5 de julho de 2015

Emma Healey - A Elizabeth Desapareceu [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: A Elizabeth Desapareceu é romance de estreia de Emma Healey.
Pautado por uma narradora invulgar na medida em que sofre de Alzheimer, o cerne deste cozy mystery é, como o próprio nome indica, desvendar o paradeiro da amiga da idosa de seu nome Elizabeth. 
No entanto, ao longo da narrativa, apercebemo-nos que esta questão está longe de ser linear. Desenrolando-se entre flashbacks da infância de Maud, altura em que a narradora se depara também com um desaparecimento, o da sua irmã, a minha percepção é que os lapsos de memória distraem e confundem o leitor sobre a veracidade dos dois acontecimentos.

É evidente que o elemento mais relevante na trama é a forma extremamente credível como o livro está escrito. Tive oportunidade de referir há pouco tempo que me sensibiliza muito o facto de alguém perder gradualmente a lucidez daí que a autora tenha conseguido impressionar-me por diversos momentos. E claro, os dois desaparecimentos tornam a leitura bastante intrigante.
Não obstante, dada a dificuldade de retenção dos factos de Maud, por vezes há uma repetição de informação, ficando na dúvida se é propositada ou acidental.

Como referi, creio que as personagens são extremamente credíveis: a degeneração das lembranças e vivências por um lado, por outro creio que esta obra acaba por tecer uma reflexão sobre como os familiares mais próximos dos idosos (normalmente os filhos) lidam com esta fase mais delicada. Helen, a filha de Maud, é bastante zelosa com a mãe, contrariando a ideia de abandono dos idosos que infelizmente se generaliza nos dias de hoje. 

Ao terminar a obra e cotá-la no Goodreads, li alguns comentários de outros usuários que leram este livro e apercebi-me que tenho uma interpretação do final bastante pessoal dado que nunca confiei completamente nos factos que iam sendo gradualmente desvendados. Na minha opinião, sempre tive presente da condição mental de Maud e que esta deveria estar a supor situações, daí esta minha percepção. Desse modo, acabei por descortinar com alguma facilidade, o que de facto acontecera com Elizabeth.

Em suma, A Elizabeth Desapareceu está genericamente bem escrito, contudo, creio que os mistérios que a obra apresenta, desvanecem-se um pouco face à grandiosidade do drama da doença da narradora. É, por estes motivos, um livro deveras envolvente e que me ficará na retina durante muito tempo.

Para mais informações sobre o livro A Elizabeth Desapareceu, clique aqui

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Nick Louth - Febre [Divulgação Editorial Jacarandá]


Data de publicação: 3 Julho 2015 
  
               Título Original: Bite
               Preço com IVA: 16,90€
               Páginas: 376
               ISBN: 9789898752796

Sinopse:  Amanhã devia ser o maior dia da vida de Erica Stroud-Jones. Daqui a 24 horas, esta brilhante jovem cientista irá apresentar o seu trabalho secreto numa conferência em Amesterdão – os resultados de uma investigação que promete revolucionar a luta contra uma doença tropical mortífera. Milhões de vidas poderão ser salvas; o Prémio Nobel adivinha-se. À espera de a ver estão céticos e rivais, admiradores e inimigos. A atenção de Erica estará voltada para o escultor Max Carver, o seu novo namorado, a quem irá dedicar o seu êxito.
Mas o amanhã não chega a acontecer. Erica desaparece durante a noite. Max, desesperado e assustado, começa a procurá-la, entrando num submundo repleto de crueldade e enganos. Mas até ele fica chocado com o terror que encontra no coração da mulher que tenta salvar.

Sobre o autor: Nick Louth é autor bestseller de thrillers, jornalista financeiro premiado e comentador na área de investimentos. Licenciou-se em 1979 pela London School of Economics e tornou-se correspondente estrangeiro para a Reuters em 1987.
Foi numa conferência médica em Amesterdão, ao serviço da Reuters, que se inspirou para escrever Febre, que foi publicado em 2007 e se tornou um bestseller em 2014, com mais de 250 mil exemplares vendidos.
Freelancer desde 1998, colabora com o Financial Times, Investors Chronicle e Money Observer e é ainda autor de sete outros livros.
Nick Louth é casado e vive no Lincolnshire.

Imprensa
«Um romance empolgante, inteligente e assustadoramente plausível. Febre é um thriller imperdível que retrata um cenário inesperado e alarmante – cativa o leitor desde o primeiro capítulo e não dá tréguas.»
The Guardian

Para mais informações sobre o livro Febre, clique aqui 


John Sandford - Sem Regras [Divulgação Editorial Marcador]


Data de publicação: 3 Julho 2015

               Título Original: Rules of Prey
               Preço com IVA: 18,50€ 
               Páginas: 376
               ISBN:  9789897541292

Sinopse: Nunca mates alguém que conheces. Nunca tenhas um motivo. Nunca sigas um padrão identificável. Nunca andes com uma arma depois de ter sido usada. Cuidado para não deixares indícios físicos.
O assassino era inteligente. Era membro da Ordem dos Advogados. Deduzia regras com base numa análise profissional de casos reais. Havia mais. Integrava-as num desafio. Era louco, claro… A coberto da capa de uma vida normal, seleciona primeiro cada vítima feminina, até que a pressão que há dentro dele o obriga a sair para «a apanhar». Dominando a sua arte secreta com as táticas de um mestre dos jogos, lança as Twin Cities numa tormenta de terror mais feroz do que qualquer inverno do Minesota. Este serial killer é um jogador, não é um sociopata como os que vêm nos livros; tem um gosto perverso pelo jogo, tendência que o leva a matar apenas pelo desafio.
Lucas Davenport terá de empregar toda a sua força mental - e coragem física - para aprender a pensar e a agir como o assassino. 


Sobre o autor: John Sandford nasceu com o nome John Camp a 24 de fevereiro de 1944, em Cedar Rapids, Iowa. Frequentou escolas públicas em Cedar Rapids e concluiu o liceu na Washington High School em 1962. Esteve no exército dos EUA entre 1966 e 1968, trabalhou como repórter no Cape Girardeau Southeast Missourian entre 1968 e 1970, e regressou à Universidade do Iowa em 1970-1971, para tirar um mestrado em Jornalismo.
Trabalhou como jornalista para The Miami Herald entre 1971 e 1978, e depois para o St. Paul Pioneer-Press, entre 1978 e 1990; em 1980 foi finalista do prémio Pulitzer, que veio a vencer em 1986, com uma série de reportagens sobre a crise agrícola no Midwest americano.
Desde 1990 tem-se dedicado a escrever thrillers. Também publicou dois livros de não-ficção, um sobre cirurgia plástica e outro sobre arte.
É o principal financiador de um grande projeto de arqueologia no vale do Jordão, em Israel, com um sítio na Internet em www.rehov.org. Além da arqueologia, interessa-se muito por arte (pintura) e fotografia. Também caça e pesca.

Imprensa
«Um enredo recheado de suspense, um thriller de leitura irresistível que faz acelerar a batida cardíaca. Muitos dos autores mais conhecidos neste género literário teriam orgulho em chamar sua a esta obra.»
Publishers Weekly

«Elegante e malicioso… uma leitura muito assustadora e cheia de suspense.» 
Stephen King

«Um dos maiores escritores de thrillers da atualidade!»
The Washington Post

«Os livros de John Sandford são sempre aclamados e recebidos com entusiasmo!» 
The Huffington Post

«Neste livro, John Sandford, vencedor do prémio Pulitzer, pegou num enredo recheado de suspense e construiu a partir dele um thriller de leitura irresistível.» 
Library Journal

«John Sandford guarda sempre uma surpresa final em todas as suas obras.» 
Kirkus Reviews

«Sofisticado e perigoso... Desfrutei de cada página deste livro carregado de suspense.»
Stephen King

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